Consórcio pede 2 barragens no
Cantareira
Ideia da bacia do PCJ é só
liberar nova outorga com a construção das Represas de Pedreira e Duas Pontes
O Consórcio Intermunicipal das
Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Consórcio PCJ) quer vincular a
renovação da outorga para o Sistema Cantareira à garantia de construção das
Represas de Pedreira e Duas Pontes, nos Rios Jaguari e Camanducaia, municípios
de Pedreira e Amparo, no interior de São Paulo. Os projetos, em fase de
Licenciamento ambiental, garantiriam uma reserva estratégica de água para
abastecer as regiões de Campinas, Jundiaí e Piracicaba, mas ainda sem recursos
assegurados.
Em 11/05/15 o governador
Geraldo Alckmin (PSDB) conseguiu financiamento de R$ 156 milhões do Banco
Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento para a produção de água no
Estado, mas as obras não incluem as represas, como era a expectativa do PCJ. De
acordo com o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), para a construção
dos reservatórios estão em discussão os recursos do governo federal. O jornal
Estado procurou o DAEE, responsável pelo projeto das represas, mas até 13/05
não obteve resposta.
O presidente do consórcio e
prefeito de Indaiatuba, Reinaldo Nogueira (PMDB), teme que a crise econômica
afete o cronograma ou a viabilidade dos empreendimentos. Segundo ele, a
construção das barragens de Pedreira e de Duas Pontes, com a formação de 574
hectares de lagos, garantirá a água para os próximos anos na região. Assim que
estiverem prontas, a vazão média mensal do Rio Jaguari subirá de 5,9 m3/s
para 18,2 m3/s e a do Camanducaia, de 4,4 m3/s para 8,3 m3/s.
Em 15/05/15 o prefeito vai
discutir as obras com o ministro das Cidades, Gilberto Kassab. Na reunião, a
equipe técnica do Consórcio PCJ apresentará o cenário hídrico atual ao ministro
e entregará pedidos de investimentos que interessam aos 76 municípios das
bacias, entre eles o de uma terceira barragem, no Ribeirão Pirai, para abastecer
as cidades de Salto, Itu e Indaiatuba.
Outorga
A Agência Nacional de Águas
(ANA) recebeu no dia 7 o requerimento da Companhia de Saneamento Básico do
Estado de São Paulo (Sabesp) para a renovação do direito de uso dos Recursos
Hídricos do Cantareira, que abastece parte da capital e municípios da Grande
São Paulo. A agência deve divulgar ainda nesta semana, juntamente com o
Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE), o cronograma das
discussões com os comitês das bacias hidrográficas do Alto Tietê e do PCJ e com
a sociedade sobre a renovação.
Embora tenha proposto
mudanças nas regras operativas do sistema, a Sabesp pretende manter ao menos os
volumes da outorga anterior na região metropolitana. Já o presidente do
consórcio quer um aumento significativo na vazão liberada para as demais
cidades da bacia. Atualmente, a vazão mínima é de 3 m3 por segundo,
podendo chegar a 5 m3/s. “Estamos reivindicando 12 m3,
necessários para a bacia”, disse Nogueira. (OESP)
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