Área equivalente a cinco
vezes a cidade de São Caetano do Sul será usada em transposição para o
reservatório do Cantareira.
A
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) terá de
desapropriar uma área equivalente a cinco vezes a cidade de São Caetano do Sul,
na Grande São Paulo, para fazer a transposição de água da Represa Jaguari, do
Paraíba do Sul, para o Reservatório Atibainha, do Cantareira.
Considerada
a principal intervenção para ajudar na recuperação do maior manancial paulista,
a obra ainda está em fase de licitação e já teve o prazo de conclusão
prorrogado duas vezes. Agora, a previsão é 2017.
Ao
todo, serão 82,2 km² desapropriados nas cidades de Santa Isabel e Igaratá
(Paraíba do Sul), onde será feita a captação de água na Represa Jaguari, e em
Nazaré Paulista, onde será construído um túnel ligando o canal de quase 15
quilômetros de extensão até a Represa Atibainha. Os dois últimos decretos de
desapropriação foram publicados na semana passada pelo governador Geraldo
Alckmin (PSDB) e englobam, em grande parte, as terras de uma fazenda na zona
rural. O custo das desapropriações é de R$ 200 mil.
Nazaré
Paulista: construção na região deve ficar para 2017
O
projeto, orçado em R$ 830 milhões, prevê a transposição de 5,1 mil litros por
segundo, em média, da Jaguari para o Cantareira. Na prática, o bombeamento
poderá ser feito nos dois sentidos. Quando anunciou a obra, em março de 2014,
Alckmin prometeu licitá-la e concluí-la em 18 meses, ou seja, no segundo
semestre deste ano. Em julho, o governo paulista previu entregá-la “no verão de
2015/2016”. Depois, a Sabesp estendeu o prazo para o fim do ano que vem.
Agora,
o governo já admite que a transposição deverá ficar para fevereiro de 2017,
conforme publicou em 02/06, a Folha de S.Paulo. Já a finalização da
obra para levar água do Cantareira para o Paraíba levará três anos.
Ponto
de vista
Em
02/06, Alckmin disse que o atraso na obra “depende do ponto de vista”. “Eu
diria que a leitura correta é que essa obra vai ser entregue cinco anos antes.
No plano da macrometrópole, era para (iniciar em) 2020.” (OESP)
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