É
necessária uma abordagem integrada para cortar emissões, dizem especialistas na
COP21
Divulgado
durante o encontro entre líderes em Paris, relatório expõe características de
novas tecnologias de produção de eletricidade, ressaltando não apenas sobre o
os benefícios da redução dos gases de efeito estufa, mas também os impactos
positivos e negativos no meio ambiente, na saúde humana e no uso de recursos
naturais.
Parque
eólico em Santa Vitória do Palmar, no Rio Grande do Sul.
Enquanto
os países se reúnem na COP 21, em Paris para determinar um novo acordo
climático global, um grupo dos mais renomados cientistas de recursos naturais
do mundo, pertencentes ao Painel Internacional de Recursos (IRP, na sigla em
inglês), divulgou o documento ‘Dez Mensagens sobre Mudança do Clima’. O
documento pede uma maior dissociação do crescimento econômico e do uso de
recursos naturais como parte integral da política climática.
Aumentar
a produtividade através de uma melhor eficiência e reduzir o desperdício
poderia diminuir o consumo dos recursos e as emissões de gases de efeito
estufa, trazendo ganhos econômicos e promovendo um acesso mais equitativo,
disse o IRP. Além disso, através da dissociação, os países em desenvolvimento
poderiam cortar o aumento da demanda anual de energia em mais da metade nos
próximos 12 anos, enquanto alcançam seus objetivos de desenvolvimento.
Este
argumento é também apoiado pelo novo relatório do IRP “Opções de energia Verde: os benefícios, riscos e compensações de
tecnologias de baixo carbono para produção de eletricidade”, também
lançado em 30/11/15. O relatório avalia nove tecnologias energéticas de baixo
carbono, que serão essenciais para atender a objetiva e crescente demanda de
energia de 2ºC.
Pela
primeira vez, os países que tomam decisão sobre qual tecnologia de energia renovável
usar possuem informações claras e cientificamente comparadas, não apenas sobre
o os benefícios da redução dos gases de efeito estufa, mas também sobre outros
impactos positivos e negativos no meio ambiente, na saúde humana e no uso de
recursos naturais.
O
diretor executivo do Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA), Achim
Steiner, lembrou que tecnologias, como a fotovoltaica e eólica, proporcionam
benefícios claros no combate à mudança do clima e à poluição do ar, e fornecem
acesso à energia limpa e acessível.
“Essas
tecnologias serão cruciais para mantermos o aquecimento global abaixo dos 2ºC,
mas precisamos estar conscientes dos efeitos que isso pode trazer para o meio
ambiente, como por exemplo, o maior uso de metais como aço e cobre na sua
fabricação. Como os países tentam satisfazer as suas necessidades energéticas e
combater a mudança do clima ao mesmo tempo, este relatório pode ajudar a
identificar a combinação mais sustentável de tecnologias de energia para
atingir esse objetivo.”
A
demanda global por energia deverá exigir um investimento estimado de 2,5
trilhões de dólares por ano nos próximos 20 anos em novas instalações de
energia e iniciativas de conservação. Este relatório apresenta uma oportunidade
única para os países selecionarem cuidadosamente as tecnologias de produção de
eletricidade em que forem investir. (ecodebate)
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