domingo, 13 de dezembro de 2015

É necessária uma abordagem integrada para cortar emissões

É necessária uma abordagem integrada para cortar emissões, dizem especialistas na COP21
Divulgado durante o encontro entre líderes em Paris, relatório expõe características de novas tecnologias de produção de eletricidade, ressaltando não apenas sobre o os benefícios da redução dos gases de efeito estufa, mas também os impactos positivos e negativos no meio ambiente, na saúde humana e no uso de recursos naturais.
Parque eólico em Santa Vitória do Palmar, no Rio Grande do Sul.
Enquanto os países se reúnem na COP 21, em Paris para determinar um novo acordo climático global, um grupo dos mais renomados cientistas de recursos naturais do mundo, pertencentes ao Painel Internacional de Recursos (IRP, na sigla em inglês), divulgou o documento ‘Dez Mensagens sobre Mudança do Clima’. O documento pede uma maior dissociação do crescimento econômico e do uso de recursos naturais como parte integral da política climática.
Aumentar a produtividade através de uma melhor eficiência e reduzir o desperdício poderia diminuir o consumo dos recursos e as emissões de gases de efeito estufa, trazendo ganhos econômicos e promovendo um acesso mais equitativo, disse o IRP. Além disso, através da dissociação, os países em desenvolvimento poderiam cortar o aumento da demanda anual de energia em mais da metade nos próximos 12 anos, enquanto alcançam seus objetivos de desenvolvimento.
Este argumento é também apoiado pelo novo relatório do IRP “Opções de energia Verde: os benefícios, riscos e compensações de tecnologias de baixo carbono para produção de eletricidade”, também lançado em 30/11/15. O relatório avalia nove tecnologias energéticas de baixo carbono, que serão essenciais para atender a objetiva e crescente demanda de energia de 2ºC.
Pela primeira vez, os países que tomam decisão sobre qual tecnologia de energia renovável usar possuem informações claras e cientificamente comparadas, não apenas sobre o os benefícios da redução dos gases de efeito estufa, mas também sobre outros impactos positivos e negativos no meio ambiente, na saúde humana e no uso de recursos naturais.
O diretor executivo do Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA), Achim Steiner, lembrou que tecnologias, como a fotovoltaica e eólica, proporcionam benefícios claros no combate à mudança do clima e à poluição do ar, e fornecem acesso à energia limpa e acessível.
“Essas tecnologias serão cruciais para mantermos o aquecimento global abaixo dos 2ºC, mas precisamos estar conscientes dos efeitos que isso pode trazer para o meio ambiente, como por exemplo, o maior uso de metais como aço e cobre na sua fabricação. Como os países tentam satisfazer as suas necessidades energéticas e combater a mudança do clima ao mesmo tempo, este relatório pode ajudar a identificar a combinação mais sustentável de tecnologias de energia para atingir esse objetivo.”
A demanda global por energia deverá exigir um investimento estimado de 2,5 trilhões de dólares por ano nos próximos 20 anos em novas instalações de energia e iniciativas de conservação. Este relatório apresenta uma oportunidade única para os países selecionarem cuidadosamente as tecnologias de produção de eletricidade em que forem investir. (ecodebate)

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