Lixo
no carnaval
A
cidade do Rio de Janeiro, como candidata a “Cidade Olímpica”, deveria dar o
exemplo, porém sequer garante a reciclagem das toneladas de resíduos,
misturados ao grande volume de materiais com potencial para a reciclagem,
produzidos no Carnaval de 2016.
Este
ano está comprometido o trabalho de catação de recicláveis pelos catadores (as),
na Marquês de Sapucaí (Sambódromo), durante o carnaval que já é uma tradição.
Porém, até o momento a LIESA (Liga das Escolas de Samba), responsável pelo
espaço do Sambódromo, não se pronunciou quanto as credenciais dos catadores.
O
descaso do poder público, principalmente da esfera que é responsável pela
destinação adequada dos resíduos sólidos; a Prefeitura do Rio, atinge por ex.
mais de 200 famílias de catadores da Cooperfuturo de Irajá, e agride o meio
ambiente.
Com
isso, somente neste carnaval, por exemplo, uma média de 140 toneladas de resíduos
recicláveis como latas, papel, papelão, plástico, irão parar no aterro
sanitário de Seropédica, contribuindo para poluir o meio ambiente. Esse
montante poderia ajudar famílias de catadores e, a prefeitura estaria
contribuindo para a AMPLIAÇÃO DA COLETA SELETIVA NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
que atualmente atinge um volume de apenas 2% do volume total produzido na
Capital que é de 10 mil ton/dia.
Não
é admissível que a cidade do carnaval e das Olimpíadas não atente para o
aterramento de todo esse resíduo, como tem acontecido, também, com os resíduos
dos blocos de rua.
A
cervejaria AMBEV que anteriormente patrocinava 45 blocos, hoje patrocina
somente 15. O restante dos blocos têm seus resíduos destinados para o aterro
sanitário de Seropédica que recebe diariamente 10 mil toneladas de lixo
oriundos da Capital.
O
aterro CTR Seropédica foi equivocadamente instalado em cima do Aquífero
Piranema que é uma das únicas reservas de água doce da Região Metropolitana
fluminenses, havendo forte risco de contaminação por chorume em caso de
vazamento.
O
governo federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente, Ministério das
Cidades e Fundação Nacional de Saúde (Funasa) destinou R$ 1,2 bilhão para
implantar a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
Durante
a Conferência internacional Rio + 20, o BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social) destinou mais de R$ 50 milhões para
construção de 6 (seis) galpões de reciclagem que seriam destinados a
cooperativas de catadores: no entanto, apenas 1 galpão foi construído, até o
momento, e mesmo assim apresenta diversos problemas como equipamentos
inadequados e pesados, destinação de lixo hospitalar altamente perigoso junto
com os reciclados etc.
Matéria
do Site G1 sobre lixo hospitalar na cooperativa de Irajá:
Diariamente,
a Prefeitura do Rio de Janeiro gasta cerca de R$ 600 mil para enterrar a
montanha de lixo produzido por seus moradores, enquanto isso não investe na
Coleta Seletiva já que graças ao trabalho dos catadores recicla apenas 2% do
volume total de lixo gerado na Capital que é de 10 mil ton/dia. (ecodebate)
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