Exposição à poluição ambiental mata quase 7 milhões de
pessoas por ano, alerta PNUMA
Programa das Nações Unidas para o
Meio Ambiente alertou para o número crescente de problemas de saúde associados
à degradação ambiental. Infecções transmitidas por água contaminada e imprópria
para o consumo matam cerca de mil crianças por dia. Fatores ambientais seriam
responsáveis por 23% das mortes prematuras. Agência da ONU também citou a zika,
a malária e o ebola entre as doenças vinculadas a danos contra a natureza.
Degradação do meio ambiente e poluição estão associadas a um
número cada vez maior de problemas de saúde, segundo o PNUMA.
O
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) chamou a atenção em
19/02/16 para a longa e crescente lista de problemas de saúde associados à
degradação ambiental. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 23%
das mortes prematuras em todo o mundo poderiam ser atribuídas a fatores
ambientais. Entre as crianças, a percentagem sobre para 36%.
“Todos
os anos, quase 7 milhões de pessoas morrem, porque são expostas à poluição em
ambientes internos e externos, (envolvendo) desde a produção de energia, a
utilização de fornos, o transporte, fornalhas industriais até queimadas e
outras causas”, afirmou o diretor executivo do PNUMA, Achim Steiner.
O
chefe da agência da ONU destacou que cerca de mil crianças morrem por dia
devido a doenças transmitidas por água contaminada e imprópria para o consumo.
No mundo, mais de 2 bilhões de indivíduos vivem regiões onde falta água.
O
PNUMA mencionou a zika, a malária e o ebola entre as infecções cujos riscos são
agravados conforme a degradação da natureza aumenta. Diferentes tipos de câncer
e formas de intoxicação também foram citados.
“Há
uma consciência crescente de que os humanos, pela sua intervenção no meio
ambiente, desempenham um papel fundamental no recrudescimento ou na mitigação
dos riscos à saúde”, disse Steiner.
Um
exemplo consistente é o Protocolo de Montreal, acordo que foi implementado em
1989 e que retirou de circulação quase 100 substâncias nocivas à camada de
ozônio. Segundo o PNUMA, estimativas indicam que, graças à iniciativa, cerca de
2 milhões de casos de câncer de pele serão prevenidos até 2030. Até 2060, a
proibição dessas substâncias deve gerar ganhos de até US$ 1,8 trilhão para os
setores de saúde.
Outra
medida lembrada pela agência foi a remoção de chumbo dos combustíveis, o que
estaria contribuindo para evitar 1 milhão de mortes prematuras por ano. A
eliminação do metal da composição da gasolina poderá aumentar o Produto Interno
Bruto (PIB) global em até 4%.
Além
de combaterem a disseminação de doenças infecciosas, investimentos em
saneamento e água potável também podem ser lucrativos. O PNUMA calcula que,
para cada dólar investido no setor, lucra-se entre cinco e US$ 28.
A
relação entre saúde e meio ambiente será amplamente debatida na Assembleia
Ambiental das Nações Unidas, que acontecerá ao final de maio. Durante a
ocasião, o PNUMA lançará um relatório sobre o tema a fim de promover a discussão
sobre os vínculos entre desenvolvimento, meio ambiente, saúde e economia.
(ecodebate)
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