domingo, 31 de julho de 2016

Impactos climáticos do El Niño serão cada vez mais imprevisíveis

‘Impactos de fenômenos climáticos como El Niño serão cada vez mais imprevisíveis’
Avaliação é do secretário-geral da ONU, que alerta sobre severidade de La Niña, que deve surgir no fim do ano; em evento sobre o clima, Ban lembra que secas e enchentes afetaram a vida de 60 milhões de pessoas este ano.
Um debate de alto nível sobre os impactos do El Niño foi promovido em 18/07/16 na ONU com a participação do secretário-geral da organização. Em Nova York, Ban Ki-moon lembrou que a força do fenômeno natural afetou a vida de 60 milhões de pessoas este ano.
Alto nível sobre os impactos do El Niño.
São moradores da América Central, do Chifre da África, do sul do continente africano, das Ilhas Pacífico e do sudeste da Ásia. Essas regiões enfrentaram fortes secas ou grandes enchentes, que destruíram comunidades e meios de subsistência.
La Niña
Segundo Ban, os próximos eventos do clima devem ser “mais imprevisíveis, mais frequentes e mais severos”. Ele mencionou o La Niña, previsto para surgir no fim deste ano e terminar em 2017.
O chefe da ONU falou sobre a visita que fez recentemente à Etiópia, onde o El Niño afetou milhões de pessoas, testando a resistência da população. Com os impactos na produção agrícola, a insegurança alimentar e a desnutrição atingiram os etíopes.
Retrocesso
Para Ban Ki-moon, responder a esse desafio vai além das ações humanitárias, uma vez que os eventos extremos do clima causam retrocesso nos ganhos obtidos no desenvolvimento dos países.
O secretário-geral teme que fenômenos do clima ligados à mudança climática possam colocar em risco o alcance da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
Financiamento
Ban avalia ser essencial tirar lições dos impactos do El Niño e “prevenir, preparar e diminuir os efeitos da mudança climática”. Elementos “humanitários, de desenvolvimento e de resiliência climática” precisam ser incorporados na resposta a esses eventos, segundo o secretário-geral.
O chefe da ONU também falou sobre a importância de se investir na redução do risco de desastres naturais. Durante a passagem do El Niño, vários governos disponibilizaram recursos financeiros para aliviar os impactos causados pelo fenômeno.
Por sua vez, agências humanitárias aproveitaram a doação de US$ 120 milhões do Fundo Central da ONU de Resposta a Emergências, Cerf, para ações em 19 países.
Ban Ki-moon aproveitou para fazer um pedido a governos, doadores, sociedade civil, setor privado e agências humanitárias e de desenvolvimento. Ele quer mais apoio aos seus dois enviados especial para El Niño e Clima: Mary Robinson e Macharia Kamau. (ecodebate)

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