2016 é o ano mais quente já registrado até o momento, diz
Organização Meteorológica Mundial.
Seis primeiros meses do ano
registraram as mais altas temperaturas já verificadas em toda a história. Média
de temperatura ficou 1,3°C acima dos valores da era pré-industrial e 1,05°C
mais quente do que a média do século XX. Ártico está derretendo mais rápido e
chuvas estão irregulares pelo mundo.
Segundo a OMM, 2016 está a caminho de se tornar o ano mais quente já registrado,
Segundo a OMM, 2016 está a caminho de se tornar o ano mais quente já registrado,
Os
seis primeiros meses deste ano registraram as mais altas temperaturas já
verificadas em toda a história e quebraram o recorde de aquecimento de 2015 —
que havia sido declarado o ano mais quente no início de 2016 —, segundo novo levantamento publicado em 21/07/16 pela Organização
Meteorológica Mundial (OMM).
De
janeiro até junho de 2016, a média global foi estimada em 1,3°C acima dos
valores da era pré-industrial no final do século XIX e 1,05°C mais quente do
que a média do século XX. Este último valor é 0,2°C mais elevado do que a alta
da temperatura mundial observada em 2015 na comparação com os últimos 100 anos.
Os
números são um forte indício de que 2016 poderá ser o ano mais quente já
registrado. Em parte, o aquecimento do primeiro semestre deste ano foi devido
ao intenso El Niño que afetou diversas regiões do planeta de 2015 até maio de
2016.
Embora
o fenômeno climático já tenha se dissipado, “as mudanças climáticas causadas
por gases do efeito estufa não vão passar”, alertou o secretário-geral da OMM,
Petteri Taalas. Isso significa mais ondas de calor e tempestades extremas e um
risco maior de ciclones tropicais.
A agência das Nações Unidas também chamou atenção para o derretimento do gelo no oceano ártico, que começou mais cedo nesse ano e está destruindo as calotas mais rapidamente. Atualmente, a extensão do mar congelada no auge do verão é 40% menor do que a área coberta por gelo no final dos anos 1970 e início dos 1980.
A agência das Nações Unidas também chamou atenção para o derretimento do gelo no oceano ártico, que começou mais cedo nesse ano e está destruindo as calotas mais rapidamente. Atualmente, a extensão do mar congelada no auge do verão é 40% menor do que a área coberta por gelo no final dos anos 1970 e início dos 1980.
Junho
de 2016 foi o 14º mês seguido de calor recorde em terra e nos mares. O período
também foi o 378º mês consecutivo com temperaturas acima da média do século XX
— os últimos 30 dias com temperatura estimada abaixo dessa média foram
observados em dezembro de 1984.
Outro
fator preocupante para a OMM é a elevada concentração de dióxido de carbono na
atmosfera — que já ultrapassou a marca simbólica de 400 partes por milhão,
chegando a 407 ppm em junho. O volume representa um aumento de 4 ppm na
comparação com o mesmo mês do ano passado.
Segundo a OMM, 2016 está a caminho de se tornar o ano mais quente já registrado.
Segundo a OMM, 2016 está a caminho de se tornar o ano mais quente já registrado.
“Isso
deixa mais evidente do que nunca a necessidade de aprovar e implementar o
Acordo de Paris sobre as mudanças climáticas e de acelerar a mudança para
economias de baixo carbono e energias renováveis”, ressaltou o chefe da OMM.
Também
nesta semana, o chefe da ONU, Ban Ki-moon, fez um apelo a líderes mundiais para
que ratifiquem o Acordo e compareçam a um evento especial
na sede das Nações Unidas em 21 de setembro.
Chuvas irregulares pelo mundo
O
levantamento da OMM também destaca que o volume de chuvas em junho de 2016
apresentou variações significativas pelo mundo.
Regiões,
como o oeste e a porção central do território dos Estados Unidos, o nordeste do
Brasil, a Espanha, o norte da Colômbia, o Chile, o sul da Argentina e partes do
centro da Rússia, registraram índices de precipitação bem abaixo do normal.
Já o
norte da Argentina, a Austrália, as regiões centrais e sul da Ásia e o norte e
o centro da Europa foram afetados por chuvas acima da média.
Aquecimento global acelera derretimento de calotas no Ártico e na Antártica.
Aquecimento global acelera derretimento de calotas no Ártico e na Antártica.
De
janeiro a início de julho, a China registrou um aumento de 21,2% no volume
pluviométrico. Províncias ao sul do país entraram na estação de cheias em 21 de
março, 16 dias antes do esperado. Mais de 150 condados quebraram recordes de
chuvas e mais de 300 rios ultrapassaram marcas de elevação das águas.
(ecodebate)
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