Agricultura deve ser mais sustentável para combater fome e mudanças climáticas, diz FAO.
Em
evento em Brasília com o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, a
Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) pediu
adaptação da produção e do consumo de alimentos, diminuição do desperdício e
melhorias na gestão dos solos e recursos naturais.
No
evento em Brasília para comemorar o Dia Mundial da Alimentação — celebrado em
16 de outubro —, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a
Agricultura (FAO) pediu adaptações das práticas produtivas da agricultura para
garantir a segurança alimentar da população num futuro marcado pela ameaça das
mudanças climáticas.
O
representante nacional da agência da ONU, Alan Bojanic, alertou que são as
pessoas mais pobres do mundo, entre elas, muitos agricultores e pescadores, as
mais afetadas pela elevação das temperaturas e pelo aumento da frequência de
desastres naturais ligados às transformações do clima.
“Por
isso, precisamos mudar nossas posturas atuais, o que inclui novas formas de
praticar a agricultura, alterar os padrões de consumo, diminuir o desperdício e
as perdas de alimentos. Cabe a nós implementar a gestão sustentável dos
recursos naturais, melhorar a gestão e fertilidade dos solos, melhorar a
captação de CO2 em florestas, entre outros”, afirmou o especialista.
Realizado
em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, o encontro
contou com a participação do chefe da pasta, Osmar Terra, que ressaltou que a
segurança alimentar não deve sair da pauta dos governos.
“Todos
esses compromissos de fortalecer a segurança alimentar já estão no novo Plano
de Segurança Alimentar e Nutricional para o período 2016/2019”, afirmou.
Também
presente, o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), órgão
vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, Raimundo Deusdará Filho, destacou a
necessidade de promover uma gestão adequada dos recursos naturais.
“Floresta
em algum momento é plantar e colher. Isso tem todo um simbolismo e relevância
quando se fala em mudanças climáticas. Somos solidários com esse dia e
reafirmamos o compromisso com a FAO, com a qual realizamos vários projetos em
conjunto, desenvolvendo estratégias para o uso sustentável da floresta”, disse.
Todos
os alimentos oferecidos aos convidados durante a comemoração eram da
agricultura familiar e os lanches valorizaram os produtos típicos do cerrado.
O
presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), Maurício
Lopes, lembrou do Programa ABC Agricultura de Baixo Carbono, uma das maiores
iniciativas do planeta, segundo ele, voltadas para a promoção da
sustentabilidade na agricultura.
O
representante do organismo iniciativa também chamou atenção para o Sistema
Integração, Lavoura e Pecuária — estratégia que une aumento da produtividade
com conservação de recursos naturais em áreas já desmatadas que passam por uma
intensificação de seus usos.
Mulheres
no campo
O
evento também celebrou o Dia Internacional das Mulheres Rurais e contou com a
participação da oficial da ONU Mulheres no Brasil, Ana Carolina Querino, que
lembrou que o público feminino representa quase metade da força de trabalho
agrícola no mundo.
“A
segurança alimentar passa necessariamente pelas mulheres rurais e todos os
países devem fortalecer e criar políticas de apoio ao trabalho dessas
agricultoras”, enfatizou. (ecodebate)


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