Organização Meteorológica Mundial (OMM) prevê novas ondas
de calor e temperaturas recordes em 2017.
A agência especializada da ONU alerta para novas ondas intensas de
calor este ano na Europa, que podem fomentar incêndios, como o ocorrido
recentemente em Portugal.
A Organização Meteorológica Mundial
(OMM), agência especializada das Nações Unidas para tempo e clima, advertiu em
20/06/17 que espera novas ondas intensas de calor este ano tanto na Europa como
na Ásia, e disse que 2017 será um ano “excepcionalmente quente”. A informação é
da agência EFE.
“Haverá mais ondas de calor neste
verão, não só na Europa como em outras partes do mundo”, afirmou em uma
coletiva de imprensa o cientista Omar Baddour, da OMM. Segundo ele, atualmente
a Europa vive uma onda de calor que, embora seja um fenômeno meteorológico
“natural”, é considerado um “evento extremo”.
“As ondas de calor são fenômenos
naturais, considerados extremos, mas que nos últimos dez anos têm sido muito
recorrentes por causa do aquecimento global. É preciso estarmos preparados para
que estes fenômenos sejam cada vez mais comuns”, afirmou.
Por conta da onda de calor que está afetando o
continente europeu, maio e junho estão
sendo meses com temperaturas muito
elevadas. No caso, as segundas mais altas já registradas no continente, abaixo
apenas das registradas em 2016, quando houve uma junção do aquecimento global
com o fenômeno El Niño, que provoca o aumento das temperaturas.
“É necessário destacar que, este ano,
não temos e nem teremos o fenômeno El Niño, o que destaca ainda mais as altas
temperaturas deste ano”, disse Baddour. Ele aifrmou que a OMM não pode prever
quando ocorrerão as ondas de calor, porque a previsão do tempo é para 15 dias.
“Mas, sabendo que o Painel
Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC, agência da ONU que visa
sintetizar e divulgar o conhecimento mais avançado sobre o aquecimento global)
aponta que as temperaturas planetárias seguirão crescendo, podemos predizer que
haverá novas ondas de calor neste verão, e que este ano será excepcionalmente
quente”, acrescentou o especialista.
A atual onda de calor está fazendo com
que as temperaturas sejam até 6 graus mais altas que a média. A origem da atual
onda de calor europeia é o ar proveniente do deserto do Saara, que entra na
Península Ibérica e dali segue para a Europa ocidental até os Balcãs.
(ecodebate)
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