quarta-feira, 13 de junho de 2018

Estudo avalia os riscos de temperaturas extremas na saúde pública

As ondas de calor e frio afetam as pessoas com certas condições de saúde de maneira diferente, destacando a necessidade de comunicação de risco de serviço público sob medida.


O clima extremamente quente e frio aumentam o número de mortes e as visitas aos prontos-socorros, mas, afetam as populações específicas de risco de maneira diferente, de acordo com uma nova pesquisa dos EUA e do Japão.
O estudo, publicado na revista Risk Analysis, descobriu que o frio extremo aumentava os riscos de mortalidade e morbidade para pessoas com doenças cardiovasculares e respiratórias, enquanto o calor extremo era arriscado para pessoas com doenças renais. “Analisamos os dados de Twin Cities, Minnesota, nos EUA, e descobrimos padrões com validade universal em todo o mundo”, diz Matteo Convertino, professor associado da Universidade de Hokkaido, que liderou o estudo. Os resultados destacam o potencial para adaptar mensagens de serviço público para pessoas com condições de saúde específicas.
Embora se saiba que o clima extremo pode ser perigoso, não se fez uma análise suficiente para comparar as temperaturas específicas cem relação a mortes e doenças, para saber quando as mensagens de serviço público serão mais eficazes.
Convertino associou-se às Twin Cities da Universidade do Minnesota e ao Departamento de Saúde de Minnesota para determinar quais temperaturas críticas deveriam acionar alertas críticos de saúde pública. As cidades gêmeas são conhecidas por seus invernos rigorosos e verões quentes e úmidos. A equipe reuniu dados de temperaturas extremas e os comparou a mortes na cidade entre 1998 e 2014 e a visitas ao departamento de emergência de 2005 a 2014.
Eles descobriram que o risco relativo de mortalidade e morbidade aumentou geralmente com temperaturas mais extremas, mas que as populações em risco foram afetadas de maneira diferente dependendo de suas condições de saúde. Risco para pessoas com doença cardiovascular ou doença respiratória aumentou no inverno, mas não significativamente no verão, que foi o oposto para pessoas com doenças renais. Os diabéticos não mostraram uma resposta clara à temperatura extrema. Eles também descobriram que os limites de temperatura baseados em percentis e o índice de calor são mais apropriados do que as temperaturas absolutas para determinar quando iniciar comunicações de risco de emergência.
“Considerando a variabilidade climática no espaço e no tempo, os programas de comunicação de risco emergencial são extremamente importantes para informar o público em geral sobre possíveis riscos à saúde, como ondas de calor severas ou respingos frios, e como os indivíduos podem se proteger. Nosso modelo pode determinar esses limites de temperatura para iniciar comunicações de risco, o que é importante para salvar vidas humanas”, diz Convertino. (ecodebate)

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