Brasil reduz emissão de
carbono por desmatamento na Amazônia e no Cerrado, diz governo.
Imagem aérea da floresta
amazônica.
O Brasil reduziu o ritmo de
emissões de carbono resultantes de desmatamento na Amazônia e no Cerrado entre
2016 e 2017, e atingiu o patamar de redução de CO2 prometido pelo
país para 2020 como parte de convenção internacional sobre mudanças do clima,
afirmou o Ministério do Meio Ambiente.
Anunciado durante a
Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas realizada em 2009 em Copenhague, o
compromisso voluntário do Brasil é de diminuir as emissões de CO2
até 2020 em 564 milhões de toneladas em função da redução do desmatamento na
Amazônia e em 104 milhões de toneladas no caso do Cerrado.
Segundo o ministério, dados
colhidos pelo governo apontam que a redução das emissões na Amazônia em 2017
chegaram a 610 milhões de toneladas de dióxido de carbono, enquanto no Cerrado
essa diminuição alcançou 170 milhões de toneladas de CO2.
A redução das emissões de
carbono pelo combate ao desmatamento na Amazônia e no Cerrado está incluída na
Política Nacional de Mudança do Clima ao lado de outros objetivos, como a
restauração de pastagens e uma melhoria da eficiência energética.
Cerrado: desmatamento da
área, que cobre 25% do território brasileiro, voltou a crescer em 2017, após
acentuada queda em 2016.
No entanto, a meta estipulada
em Copenhague é diferente do compromisso assumido posteriormente pelo Brasil
como parte do Acordo do Clima de Paris, em 2015, no qual o país se comprometeu
a reduzir em 2025 as emissões totais de gases de efeito estufa em 37% abaixo
dos níveis de 2005.
Segundo o ministro do Meio
Ambiente, Edson Duarte, a redução das emissões de carbono pelo desmatamento na
Amazônia e no Cerrado deve-se a medidas como a implementação do Cadastro
Ambiental Rural (CAR), instituído pelo novo Código Florestal, e ao
monitoramento em tempo real dos biomas.
“São conquistas consolidadas
que fazem com que tenhamos certeza do prosseguimento desses avanços”, disse o
ministro em evento em que tomaram posse novos membros do Comitê do Fórum
Brasileiro de Mudança do Clima (FBMC).
Criado em 2000 para discutir
ações de combate a efeitos da mudança climática, o grupo recebeu a tarefa do
presidente Michel Temer de elaborar em 120 dias uma proposta sobre o que seria
necessário para que o Brasil possa zerar suas emissões líquidas a partir de
2060, com base no acordo firmado em Paris para a redução absoluta de emissões
de gases de efeito estufa para conter o aquecimento global.
Para o secretário de Mudança
do Clima e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Thiago de Araújo Mendes,
há uma mensagem “política” nos dados colhidos sobre a redução da emissão dos
gases.
“Num cenário em que o planeta
e vários atores internacionais querem se retirar de acordos importantes, o
Brasil reafirma, como sociedade, que é possível antecipar as metas”, afirmou.
Apesar dos números positivos
divulgados pelo governo sobre a emissão de carbono, o Ministério do Meio
Ambiente informou em junho que o desmatamento do Cerrado, que cobre 25% do
território brasileiro, voltou a crescer em 2017 após acentuada queda em 2016.
O desmatamento do Cerrado
atualmente supera o da Amazônia, que em 2017 caiu pela primeira vez em três
anos, de acordo com dados do governo. (noticiasagricolas)
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