Esforço para combater o
coronavírus deve motivar novas medidas para reduzir poluição do ar.
Em diversas cidades do mundo,
especialmente nas grandes metrópoles, a qualidade do ar melhorou
significativamente com a implantação das medidas de isolamento social para
conter o avanço da pandemia causada pela novo coronavírus, que em todo o
planeta já infectou quase 9 milhões de pessoas e provocou a morte de mais de
400 mil. Antes mesmo de concentrar toda sua atenção na luta contra o Covid-19,
uma das principais preocupações da Organização Mundial da Saúde era com a
questão da poluição do meio ambiente. Em 2019, a OMS fez um alerta de que a
poluição do ar era o maior risco ambiental para a saúde da humanidade.
De acordo com a organização,
por ano, 7 milhões de pessoas morrem prematuramente por doenças provocadas pela
poluição atmosférica, causada principalmente pelos altos volumes de emissões da
indústria, dos transportes e da agricultura. Além disso, 90% dessas mortes
ocorrem em países de baixa e média renda.
Se nada for feito para
reverter esse quadro, a tendência é que a situação se agrave. Portanto, para
frear o avanço do problema, os principais agentes poluidores precisam
urgentemente focar na eliminação, diminuição ou compensação de suas ações. Isso
serve especialmente para as indústrias e para alguns segmentos de
infraestrutura.
Máscaras podem proteger
contra a poluição do ar e evitar a proliferação de gotículas portadoras do
vírus.
Coronavírus e poluição do ar
podem ser combinação perigosa.
Poluentes tornam as pessoas
mais suscetíveis aos vírus, o que se manifesta sobretudo naquelas que já têm
doenças cardiovasculares ou respiratórias.
No Brasil, um dos setores que
vem apresentando bons resultados nesse sentido é o de energia limpa. Por conta
dos avanços nas políticas que favorecem o biogás, proveniente de materiais orgânicos
e que por ser renovável pode substituir o uso de combustíveis fósseis.
Iniciamos 2020 com mais de 400 plantas de biogás em operação, um crescimento de
40% na comparação com 2019. As indústrias podem auxiliar no crescimento desse
mercado e ao mesmo tempo se favorecer dele, já que hoje existem diversas
soluções viáveis de reaproveitamento de resíduos para geração de energia. Com
isso cai a necessidade de compra de energia, algo bastante custoso para a
produção e ao mesmo tempo reduzem os gastos com a destinação de resíduos.
Mas precisamos avançar muito
mais, e por outros setores. O mundo deve encarar o problema da poluição
ambiental com a mesma firmeza que está enfrentando o novo coronavírus. As
atitudes tomadas em relação à pandemia para a superação dessa crise estão
mostrando como a inovação e a ciência são capazes de solucionar os problemas.
Que usemos esse exemplo para gerar outras grandes mudanças a favor do
desenvolvimento sustentável.
"Estudo feito na Cidade
do México mostra que o rodízio de carros não reduz poluição se população não
aderir. Na foto é possível ver a poluição atrás dos prédios".
Rodízio de carros não reduz
poluição se população não aderir.
“Jeitinho” mexicano faz com
que a manutenção do rodízio de carros até aos sábados não seja o bastante para
diminuir os níveis de poluição do ar na Cidade do México. (ecodebate)
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