Amazônia tem aumento de 24%
nos alertas de desmatamento no primeiro semestre de 2020, indica Imazon.
São 2.544 km² com sinais de
desmatamento, o segundo maior valor acumulado em um semestre desde 2010, de
acordo com a entidade. Em junho, a Amazônia perdeu 822 km² de floresta, uma
área equivalente a duas vezes o tamanho da cidade de Belo Horizonte.
O número se aproxima à
análise de dados do governo divulgado em 10/07/20, mas há diferenças devido à
metodologia (leia abaixo).
Amazônia bate novo recorde
nos alertas de desmatamento em junho; sinais de devastação atingem mais de 3
mil km² no semestre, aumento de 25%.
Estados e municípios
Entre os estados, o Pará foi
o que mais desmatou a Amazônia, com 43% do total.
De acordo com o Imazon, dez
municípios foram responsáveis por metade de todo o desmatamento na Amazônia em
junho. Pela ordem, são: Altamira (PA), Porto Velho (RO), Novo Progresso (PA) e
Itaituba (PA).
Veja 10 motivos de
preocupação com o desmatamento na Amazônia em alta em meio à pandemia.
Alertas de desmatamento na
Amazônia, por estado.
Aumento em relação ao mesmo
período de 2019 chega a 51% e atinge áreas protegidas.
O Sistema de Alerta de
Desmatamento (SAD) do Imazon foi criado em 2008. Ele se baseia em imagens de
satélites para captar a mudança do uso do solo. Com isso, afirma o Imazon, é
possível detectar desmatamentos a partir de 1 hectare, mesmo sob condição de
nuvens.
O sistema de alertas do
governo, chamado de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), usa imagens
de satélite de 6 hectares.
As imagens são captadas e
analisadas pela ferramenta de monitoramento do instituto. O Imazon afirma que,
atualmente, o SAD utiliza os satélites Landsat 7 (sensor ETM+), Landsat 8
(OLI), Sentinel 1A e 1B, e Sentinel 2A e 2b (MSI) com os quais é possível
detectar desmatamentos a partir de 1 hectare mesmo sob condição de nuvens.
Entenda as diferenças entre os sistemas que monitoram o desmatamento na Amazônia.
Sistemas de monitoramento da Amazônia têm objetivos e metodologias diferentes. (ecodebate)
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