40,6% das empresas inovadoras introduziram inovações com impactos ambientais positivos entre 2015 e 2017.
Ação ambiental deixa empresas
'bem na foto'.
Entre 2015 e 2017, 40,6% das
39.329 empresas inovadoras introduziram mudanças de produto e/ou processo que
ocasionaram impactos ambientais positivos.
É o que revela o módulo de
Sustentabilidade e inovação ambiental, da Pesquisa de Inovação (PINTEC) 2017 do
IBGE. A reciclagem de resíduos, águas residuais ou materiais para venda e/ou
reutilização foi a categoria de impacto ambiental mais observada, apontada por
57,9% das empresas ecoinovadoras. Por outro lado, apenas 17,2% dessas empresas
informaram a substituição de energia proveniente de combustíveis fósseis por
fontes de energia renováveis como impactos ocasionados.
A Indústria foi a atividade
com maior percentual de empresas ecoinovadoras (43,1%), seguida por
Eletricidade e gás (32,8%) e Serviços selecionados (21,8%). Entre os fatores
que contribuíram para a decisão das empresas em introduzirem inovações que
gerassem benefícios ambientais, destacaram-se melhorar a reputação (59,4%) e
adequar-se aos códigos de boas práticas ambientais no seu setor de atuação
(54,3%). Por outro lado, a disponibilidade de apoio governamental, subsídios ou
outros incentivos para a inovação ambiental foi o fator motivador menos
frequente (11,2%).
A pesquisa investigou ainda
ações relacionadas à publicação de relatórios de sustentabilidade e à produção
de energia renovável pelas empresas inovadoras e não inovadoras entre 2015 e
2017. Somente 4,1% do total das empresas publicaram relatório de
sustentabilidade, sendo que, para as empresas inovadoras, este percentual é
apenas um pouco maior (5,6%).
A produção de energia
renovável foi ainda menos relatada pelas empresas: 2,6% no total e 4,2% entre
as empresas inovadoras. No entanto, entre as empresas do setor de Eletricidade
e gás o cenário foi bastante distinto, com 53,7% do total das empresas e 61,2%
das inovadoras tendo produzido energia renovável no período.
Indústria é a atividade que
mais implementa inovações com impactos ambientais
Das 39.329 empresas
inovadoras, 15.975 apontaram ter tido algum tipo de impacto ambiental
decorrente da introdução de inovações de produto e/ou processo, o que
representa 40,6%. A reciclagem de resíduos, águas residuais ou materiais para
venda e/ou reutilização foi a categoria de impacto ambiental mais apontada
(57,9%), seguida da redução da contaminação do solo, da água, de ruído ou do ar
(51,3%). Por outro lado, apenas 17,2% dessas empresas informaram a substituição
de energia proveniente de combustíveis fósseis por fontes de energia
renováveis.
A Indústria foi a atividade
com maior percentual de empresas ecoinovadoras (43,1%). Nesta atividade, assim
como para o total das empresas com inovações ambientais, os impactos mais
apontados foram a reciclagem de resíduos, águas residuais ou materiais (60,6%)
e a redução da contaminação do solo, da água, de ruído ou do ar (53,1%). Já o
menos apontado foi a substituição de energia de combustíveis fósseis por
energia renovável (17,0%).
Já nas empresas de
Eletricidade e gás (32,8%) e de Serviços selecionados (21,8%), a proporção de
empresas ecoinovadoras é relativamente menor, uma vez que seus impactos
ambientais não são tão evidentes quanto na Indústria.
Empresas de Eletricidade e gás, a substituição de energia de combustíveis fósseis por energia renovável foi o principal impacto observado (71,3%). Nas empresas de Serviços selecionados (em geral, empresas de tecnologia cujas atividades não estão diretamente relacionadas a processos produtivos), a redução da contaminação do solo, da água, de ruído ou do ar foi o impacto mais apontado (24,2%).
Observou-se, ainda, que quanto maior o porte, maior a proporção de empresas ecoinovadoras: na faixa com 500 e mais pessoas ocupadas, 55,9% das empresas inovadoras haviam implementado inovações ambientais, percentual que decresce até chegar a 39,7% nas empresas com 10 a 29 pessoas ocupadas.
Melhorar
reputação é o principal fator para a introdução de inovações ambientais
Entre 2015 e 2017, do total de empresas ecoinovadoras, mais da metade decidiu por implementar suas inovações tanto para melhorar a reputação (59,4%) quanto pelos códigos de boas práticas ambientais no seu setor de atuação (54,3%). Fatores econômicos e institucionais também foram apontados como motivadores por uma considerável parcela de empresas: os elevados custos de energia, água ou matérias-primas e a necessidade de atender às normas ambientais existentes ou impostos incidentes sobre a contaminação foram apontados, respectivamente, por 49,5% e 46,1% das empresas inovadoras. Já a disponibilidade de apoio governamental, subsídios ou outros incentivos para a inovação ambiental foi o fator motivador menos apontado (11,2%).
Na
Indústria, os fatores mais e menos apontados foram os mesmos do total das
empresas: melhorar a reputação, informado por 60,6% das empresas ecoinovadoras,
e disponibilidade de apoio governamental, subsídios ou outros incentivos,
informado por apenas 11,5%.
Nas
empresas de Eletricidade e gás, a demanda do mercado por inovação ambiental foi
o fator mais apontado (82,1%), sendo que a melhora na reputação e as ações
voluntárias também foram relevantes para 81,7% e 73,7%, respectivamente. Por
outro lado, 21,9% das empresas inovaram com o intuito de atender aos requisitos
necessários para consolidação de contratos públicos, sendo este o fator
motivador menos frequente.
Nas
empresas de Serviços selecionados, os códigos de boas práticas ambientais no
seu setor de atuação foram os fatores mais apontados (62,2%). Como nas empresas
industriais, a disponibilidade de apoio governamental, subsídios ou outros
incentivos foi o fator motivador menos apontado (5,0%).
Apenas
4,2% das empresas inovadoras produziram algum tipo de energia renovável
A
produção de algum tipo de energia renovável foi declarada por apenas 2,6% do
total de empresas e 4,2% das empresas inovadoras. As empresas industriais foram
as que relativamente menos produziram energia renovável, com 2,2% do total das
empresas e 3,9% das empresas inovadoras.
Nos
Serviços, apesar de também baixo, o percentual foi um pouco maior do que nas
empresas da Indústria: 3,7% do total das empresas e 4,2% das empresas inovadoras.
Por
outro lado, o cenário nas empresas de Eletricidade e gás foi bastante distinto,
uma vez que 53,7% do total das empresas e 61,2% das inovadoras produziram
energia renovável entre 2015 e 2017.
Por
porte, observou-se que as grandes empresas com 500 ou mais pessoas ocupadas
foram as que mais produziram energias renováveis, com 18,8% do total e 19,6%
das empresas inovadoras. Já nas pequenas empresas, com 10 a 29 pessoas
ocupadas, estes percentuais foram de 2,1% e 3,2%, respectivamente.
Empresas
de Eletricidade e gás são as que mais publicam relatório de sustentabilidade
A
pesquisa também mostrou que apenas 4,1% do total de empresas e 5,6% das
empresas inovadoras publicaram relatório de sustentabilidade entre 2015 e 2017.
Na Indústria, esses percentuais foram de 4,3% e 5,9%, respectivamente. Nos
Serviços, esta proporção é ainda menor, com 1,0% do total de empresas e 1,6%
das empresas inovadoras.
Já as empresas de Eletricidade e gás apresentaram percentuais bastante superiores: 51,2% do total das empresas e 50,0% das empresas inovadoras publicaram relatórios de sustentabilidade.
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