Qualquer produto, desde que
não sejam tóxicos (no caso das pilhas) pode ter alguma outra serventia. Vamos
ver agora sobre os pneus e seus cuidados. Aqueles que sempre encontramos nos
lixos e que nós mesmos acabamos colocando.
Curiosidades e cuidados que
você deve saber ao reutilizar pneus!
A ocupação do planeta está ocorrendo de forma marcadamente insustentável, especialmente desde a Revolução Industrial, que tem exigido medidas drásticas que vão além das que são comumente propostas para se alcançar a sustentabilidade, sendo que a posição da humanidade como espécie dominante no planeta vem sendo atacada por ameaças severas, resultantes dos próprios excessos, particularmente durante os últimos 200 anos.
De amplo conhecimento da maioria da população e problema a ser enfrentado por todos: governos, organizações e cidadãos de modo geral. Pandemia, fome, miséria, agressões ao ambiente natural, problemas econômicos, entre outros problemas socioambientais, são diariamente noticiados nas diversas mídias (mídias sociais, jornais, revistas, televisão, rádio, Internet e outros meios), contribuindo de algum modo para o aumento da conscientização das pessoas para a gravidade do problema e a urgência em enfrenta-lo.
População mundial foi
aumentando exponencialmente desde a década de 1950 e já atingimos mais de 7
bilhões de pessoas e seremos, possivelmente, 10 bilhões pessoas em 2050; as
cidades, crescendo desordenadamente e sem políticas governamentais adequadas a
essa nova realidade nas diversas áreas socais, como lixo, meio ambiente,
educação, transporte, saúde, segurança, entre outras.
Os Resíduos como pneus usados
são lentamente degradados no ambiente e raramente reciclados no Brasil. Os
depósitos inadequados e descartes desordenados propiciam criadouros para
vetores como mosquitos, que são vetores para diferentes infecções que incidem
no nosso território, particularmente na Região Amazônica. A confecção de puffs
sustentáveis utilizando pneus usados cria uma peça de mobiliário sustentável e
responsável, enquanto ajuda a mitigar o problema de saúde pública, podendo
gerar emprego e renda para populações carentes e a reciclagem de pneus para
confecção de artefatos de decoração é uma atividade que vem sendo desenvolvida
em diversas regiões do Brasil e, dentre essas, no Estado de Rondônia.
O objetivo deste artigo é
demonstrar a importância da reutilização de pneus na Vila Princesa em Porto
Velho como forma de atividade ecologicamente correta. A metodologia baseou-se
na pesquisa bibliográfica e na pesquisa de campo demonstrando que os artefatos
produzidos, a partir da reutilização de pneus, contribuem para a renda da
comunidade estudada assim como evita a proliferação de doenças e a emissão de
poluentes na atmosfera.
Principal matéria-prima, a
borracha vulcanizada, mais resistente que a borracha natural, não se degrada
facilmente e, quando queimada a céu aberto, contamina a atmosfera com carbono,
enxofre entre outros poluentes. Esses pneus abandonados constituem um problema
de saúde pública, pois acumulam água das chuvas, formando ambientes propícios à
disseminação de doenças como a dengue e a febre amarela, filariose linfática
(elefantíase) e malária (Região Norte) veiculadas por mosquitos Aedes sp. Culex
sp. e Anopheles sp.
Além disso, o armazenamento
inadequado dos pneus propicia ambiente favorável à infestação por insetos
(vetores mecânicos) e roedores, que transmitem doenças ao homem através da
mordedura, fezes e urina (leptospirose, gastrenterites etc.).
Para deter o avanço desse
resíduo sólido, é preciso reciclar. No entanto, a reciclagem dos pneus sem
condições de rodagem é consideravelmente dificultada uma vez que a vulcanização
confere a este material alta resistência química e física, fazendo da
reciclagem um processo complexo e ainda sem retorno econômico.
No Brasil, o problema da
reciclagem de pneus é uma atividade que pode ser considerada ecologicamente
correta. Pneus inteiros são reutilizados como muros de arrimo, produtos
artesanais ou na drenagem de gases em aterros sanitários. Ressalta-se que essas
utilizações poderiam ser ainda maiores, porém os processos de reciclagem
utilizados no Brasil ainda não permitem outros tipos de aplicações de maior
valor agregado.
Vale salientar que
iniciativas inovadoras, envolvendo a população têm o mérito da responsabilidade
socioambiental, gerando emprego, renda e reduzindo o impacto ambiental. Neste
artigo partiremos do princípio de Anísio Teixeira, onde considera que “a
educação é fundamento da democracia”, e a importância da popularização do
conhecimento como essencial para o pleno exercício da cidadania (Moreira, 2006)
e até para o desenvolvimento local e regional (ALBAGLI, 2006).
Nesse sentido, é possível
verificar a realidade da Vila Princesa (leia-se Lixão de Porto Velho) onde
existia um galpão que foi totalmente queimado e destruído em um incêndio, onde
era utilizado para o armazenamento dos pneus usados, construído pelo Banco do
Brasil em parceria com a comunidade, que funcionava de forma precária. A
Prefeitura de Porto Velho, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente –
SEMA tem uma parceria com uma empresa privada que coletam os pneus e é
responsável pela destinação final dos mesmos.
Há que se verificar as ações
sistemáticas e de longo prazo, desenvolvidas pelo poder público para evitar o
problema. Uma alternativa poderia ser a capacitação da população para
fiscalizar no sentido de orientar tais moradores para o aproveitamento
sistemático dos pneus visando, diminuir a deposição e gerar emprego e renda
para a população.
Nesse sentido a “educação
sustentável” ocupa uma posição de destaque na implantação de políticas
públicas, que promovam o desenvolvimento sustentável regional. A implementação
de estratégias eficazes de educação sustentável, dependem do entendimento desta
população sobre o indissolúvel binômio saúde-ambiente.
Tem-se na “educação sustentável” um instrumento para o aproveitamento racional dos recursos e particularmente enfocando a destinação de resíduos sólidos (neste caso pneus) através da implementação de atitudes práticas que permitam a profilaxia de doenças, tais como a dengue, a febre amarela, o controle de parasitoses bem como das verminoses intestinais (ACKA et al., 2010).
Se virando sem grana: Decorando com reciclados.
Portanto, o marketing
sustentável pode contribuir para isso através da educação sustentável
(sensibilização das pessoas), desenvolvendo para tanto ações mercadológicas
responsáveis, éticas e sustentáveis. (ecodebate)
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