Outra parte corre nos
mananciais de superfície e volta ao mar, ou fica armazenada em mananciais de
superfícies, como lagoas e lagos. Outra parte evapora e retorna para a
atmosfera.
Assim, o ciclo das águas é
fundamental para o ciclo da vida. Aqui na Caatinga, quando chove, a caatinga
que parecia morta (estava hibernada) como que ressuscita, a vegetação fica
verde em uma semana, reaparecem várias espécies de pássaros, insetos e outros
animais que a gente não sabe dizer de onde vieram. Como diz um amigo criador de
cabras, “até as cabras entram no cio”.
A criação de um zoneamento
urbano com análise técnica e crítica das áreas de inundações é crucial para
elaboração de um Plano de Gerenciamento de Águas Urbanas.
O saneamento básico da cidade
– abastecimento de água potável, coleta e tratamento do esgoto, manejo dos
resíduos sólidos e drenagem das águas pluviais – avançou muito em termos de
abastecimento de água e coleta de esgoto. Diz o SAAE que a 95% da cidade. Mas,
avançou pouco em termos de manejo dos resíduos sólidos e, menos ainda, na
drenagem das águas de chuva. Um prato cheio para os adversários políticos em
época de eleições municipais.
Um trabalho sério de avanço
na drenagem das águas de chuva precisaria localizar todas as áreas alagáveis,
fazer obras de drenagem que garantam o escoamento em tempos de chuva.
Se não for possível, é preciso a relocação da população das áreas de risco, o que implica também numa política habitacional para a população relocada. Que a área das águas seja das águas. Essas ações implicam em planejamento técnico, humanitário, recursos financeiros e vontade política.
Por que ocorrem as enchentes nas grandes cidades?
Será que algum candidato nessas eleições tem mesmo interesse em resolver esse desafio socioambiental da cidade? (ecodebate)
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