São cerca de 10 milhões de
brasileiros com algum distúrbio alimentar, o equivalente a 5% da população. Com
o isolamento social vivenciado nos últimos tempos, somados a causas psíquicas,
fatores socioculturais, hormonais ou ainda, genéticos, a compulsão alimentar
precisa ser compreendida e detectada o quanto antes.
Principais características da
compulsão alimentar:
• Necessidade de comer sem
que haja fome física;
• Não deixar de se alimentar,
mesmo depois de satisfeito;
• Comer mais rápido do que o
normal e sozinho, por vergonha da quantidade ingerida;
• Comer em grandes
quantidades e em pouco tempo;
• Comer até sentir
desconforto;
• Se sentir deprimido, com vergonha e culpa após comer demais. Episódios podem ocorrer ao menos 1 X semana, durante 3 meses.
Identificar e tratar a Compulsão Alimentar: https://dolcemorumbi.com/2021/03/21/como-identificar-e-tratar-a-compulsao-alimentar/.
Caso perceba alguns dos
comportamentos citados acima, é importante consultar-se com um especialista
para entender qual o seu quadro e se pode ser caracterizado como uma compulsão
alimentar. Afinal, muitas vezes o exagero na alimentação pode estar pautado em
sentimentos como ansiedade, estresse e tristeza e devem ser investigados. Desse
modo, uma equipe multidisciplinar é essencial, pois entenderão a causa do
problema e trabalharão em conjunto na situação.
Além de profissionais de
saúde mental, para entender sensações, sentimentos e conseguir identificar se
há um distúrbio alimentar, é indicado acompanhamento especializado, onde uma
nutricionista realiza uma anamnese detalhada para conhecer os hábitos
alimentares e histórico de doenças do paciente, além de analisar crenças e
medos que envolvam a comida e planejar as metas terapêuticas do paciente, que
podem ser divididas em fases. De acordo com a Supervisora de Nutrição e
Dietética do São Cristóvão Saúde, Cintya Bassi, “primeiro vem a etapa
educacional, quando o paciente vai aprender sobre a doença e suas
consequências, tirar dúvidas e conhecer o que é alimentação saudável. A segunda
fase é a experimental, quando o foco será a mudança de comportamento”, explica
a especialista.
Ainda segundo a nutricionista, a dieta para quem sofre com a compulsão alimentar não necessariamente será baseada em alimentos que saciam a fome. “O trabalho é pautado em uma alimentação saudável e diversificada, porque o exagero na compulsão não está relacionado à fome física, mas na necessidade de suprir uma demanda emocional”.
O acompanhamento não é baseado na perda ou ganho de peso do paciente, mas tem como objetivo criar uma relação saudável com a comida, com a saúde e imagem corporal do paciente. De modo geral, os resultados começam a aparecer após os primeiros meses de acompanhamento multiprofissional. Caso o paciente ainda encontre dificuldade no tratamento, então é sugerido um trabalho com um psiquiatra para que ele avalie a necessidade de entrar com medicação para ajudar no processo. (ecodebate)
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