terça-feira, 19 de dezembro de 2023

Mudanças climáticas podem afetar o cérebro humano

Mudanças climáticas podem afetar o cérebro humano, alerta estudo.

Crianças e adolescentes que vivenciam eventos climáticos extremos podem enfrentar traumas psicológicos, como ansiedade, depressão e transtorno de estresse pós-traumático. Essas experiências traumáticas podem ter efeitos de longo prazo no desenvolvimento cerebral, prejudicando o funcionamento cognitivo e emocional.
Um novo estudo publicado na revista Nature Climate Change alerta que as mudanças climáticas podem ter um impacto significativo no cérebro humano.

A pesquisa, liderada por uma equipe internacional de neurocientistas, analisou evidências de estudos anteriores que sugerem que fatores ambientais, como a exposição à poluição do ar, ao calor extremo e a eventos climáticos extremos, podem alterar o desenvolvimento e a função cerebral.

Os autores do estudo afirmam que esses impactos podem ser significativos, levando a problemas como déficits cognitivos, depressão e ansiedade. Eles também alertam que as mudanças climáticas podem agravar esses problemas, pois aumentam a exposição a fatores ambientais nocivos.

“Sabemos há muito tempo que o ambiente pode afetar o cérebro”, disse a principal autora do estudo, Kimberly C. Doell, da Universidade de Viena. “No entanto, estamos apenas começando a ver como as mudanças climáticas, a maior ameaça global do nosso tempo, podem mudar nossos cérebros”.

O estudo destaca os seguintes mecanismos pelos quais as mudanças climáticas podem afetar o cérebro:

• Poluição do ar: A poluição do ar pode causar inflamação no cérebro, o que pode levar a problemas cognitivos e de comportamento.

• Calor extremo: O calor extremo pode danificar as células cerebrais, o que pode levar a problemas de memória e atenção.

• Eventos climáticos extremos: Eventos como ondas de calor, secas, inundações e furacões podem causar estresse e ansiedade, o que pode afetar o cérebro.

Os autores do estudo pedem mais pesquisas para investigar os impactos das mudanças climáticas no cérebro humano. Eles também destacam a importância de desenvolver estratégias para mitigar esses impactos, como reduzir a poluição do ar e proteger as pessoas dos efeitos do calor extremo e dos eventos climáticos extremos. (ecodebate)

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