O estudo, que foi
realizado por uma equipe internacional de pesquisadores, descobriu que as
soluções baseadas na natureza, como a interrupção do desmatamento e a
restauração da vegetação nativa, poderiam mitigar quase 80% da promessa líquida
zero do Brasil e reduzir 781 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2)
em média por ano no Brasil durante os próximos 30 anos.
Os pesquisadores descobriram que a implementação do Código Florestal do Brasil sem ações adicionais preencheria a lacuna para as emissões de GEE em 38% até 2050, ficando muito aquém da meta líquida zero.
“O controle do desmatamento e a restauração da vegetação nativa estão prontos para serem implementados imediatamente a um custo relativamente baixo quando comparados a soluções projetadas, como a BECCS”, disse a principal autora do estudo, Dr. Aline Soterroni, da Universidade de Oxford. “Isso dá ao Brasil uma vantagem comparativa sobre outros países”.
Os pesquisadores estão pedindo que as soluções baseadas na natureza sejam representadas holisticamente em promessas climáticas nacionais, incluindo as do Brasil.
Soluções baseadas na natureza deixam o Brasil em vantagem
“Há uma lacuna
política entre a atual ambição climática e a implementação da política
climática no Brasil, impulsionada pela conversão de ecossistemas nativos
biodiversos ricos em carbono”, disse a professora Nathalie Seddon, professora
de Biodiversidade e diretora fundadora da Iniciativa Ágil, que liderou o
estudo. “É muito importante apoiar o Brasil em seus esforços para fortalecer,
aplicar e ir além das leis existentes para eliminar o desmatamento ilegal e
legal”. (ecodebate)
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