Ações em nível social e de
saúde pública
Saúde e saneamento: Garantir
o acesso universal à saúde básica, medicamentos, água potável e saneamento
básico é fundamental para a prevenção de doenças e o aumento da expectativa de
vida.
Ambiente saudável: Combater a
poluição do ar e a exposição a toxinas ambientais, que podem acelerar o
envelhecimento e aumentar o risco de doenças, é essencial.
Acesso a serviços: Incentivar a realização de exames preventivos e consultas regulares, combatendo a disparidade entre o reconhecimento da importância da saúde e a prática efetiva de medidas preventivas.
Construir uma sociedade mais saudável e produtiva para sustentar vidas mais longas
Ações individuais para uma
vida longa
Hábitos saudáveis: Adotar uma
alimentação equilibrada e rica em nutrientes, não fumar, limitar o consumo de
álcool, praticar exercícios físicos regularmente, dormir bem e gerenciar o
estresse são hábitos cruciais.
Atividade física e mental:
Manter o corpo e a mente ativos com atividades físicas, exercícios de lazer e
atividades que estimulem o cérebro, como aprender coisas novas, promove
longevidade.
Bem-estar mental e social:
Cultivar a espiritualidade, fortalecer os laços sociais e ter uma rede de apoio
são fatores que contribuem para o envelhecimento saudável.
Ações para a produtividade
sustentável
Gestão do tempo e saúde no
trabalho: Criar sistemas de trabalho que não levem ao esgotamento, com pausas
adequadas e foco em produtividade sustentável, sem excesso de estresse.
Planejamento e disciplina:
Ter metas claras, uma rotina bem definida e disciplina para manter um padrão de
esforço equilibrado é a chave para a produtividade sustentável ao longo do
tempo.
Educação contínua: Manter-se
em aprendizado ao longo da vida (aprender a aprender) para garantir a
relevância profissional por um longo período.
O aumento da longevidade não
deve ser visto apenas como um problema, mas, em especial, como uma oportunidade
e um imperativo para a sociedade
O professor Andrew Scott
parte do reconhecimento de que a longevidade, isto é, o fato de vivermos muito
mais do que no passado, representa uma das maiores conquistas da história da
humanidade, mas geralmente é visto como um problema, não uma oportunidade. Para
se contrapor “ao catastrofismo demográfico”, ele busca transformar essa
narrativa negativa, propondo que a longevidade seja vista como um imperativo
positivo.
Scott faz uma diferenciação
entre:
a) Idade cronológica – tempo
de vida transcorrido;
b) Idade prospectiva – anos
restantes esperados;
c) Idade biológica – índice
de saúde real do organismo.
Ele destaca que envelhecer bem significa investir desde cedo em saúde, educação, riqueza, relacionamentos e propósito — para que os anos adicionais sejam ativos e produtivos.
Longevidade saudável
O
livro defende uma economia perene, onde indivíduos, instituições e mercados se
adaptam para promover anos de vida mais saudáveis e produtivos. Isso requer:
1) Reformular a previdência,
educação, saúde e mercado de trabalho;
2) Criar empregos e
atividades amigáveis para pessoas mais velhas, com flexibilidade e incentivo à
requalificação.
O professor Scott critica
sistemas de saúde centrados em intervenções médicas tardias e propõe foco na
prevenção, inclusive biotecnologias que retardem o envelhecimento biológico.
Ele sugere que aumentar o healthspan (anos saudáveis) pode render benefícios
econômicos imensos, mais que erradicar doenças isoladas.
Inspirado na ideia de uma vida
com múltiplas fases — educação, família, reinvenção profissional — Andrew Scott
recomenda:
a) Criação de carreiras
diversificadas;
b) Mobilização de redes
pessoais e profissionais;
c) Frequência à educação
continuada e
d) Preparação financeira
adaptável às mudanças de vida.
Em síntese, Scott, argumenta
que o aumento da longevidade não deve ser visto apenas como um problema, mas,
em especial, como uma oportunidade e um imperativo para a sociedade. Ele
destaca que a estrutura social e econômica atual, baseada em um modelo de três
fases (educação, trabalho e aposentadoria) é inadequada para um mundo com maior
longevidade e vidas que se prolongam por mais de 100 anos.
Scott defende a necessidade
de uma reestruturação do ciclo de vida, promovendo aprendizado contínuo,
carreiras flexíveis e mais diversificadas e uma visão da aposentadoria como um
período de novas atividades e contribuições, e não apenas de inatividade. O
autor conclui que, para prosperar na era da longevidade, é crucial investir em
saúde, educação e no bem-estar geral, transformando a sociedade para que ela
sustente e valorize vidas mais longas.
Envelhecer melhor significa
aumentar a expectativa de vida saudável, de modo a diminuir a diferença em
relação à expectativa de vida. Precisamos nos preparar para vidas mais longas
em idades cada vez mais jovens. Em vez de concentrar recursos apenas no apoio
aos idosos, precisamos ajudar os jovens a se tornarem os idosos mais saudáveis
de todos os tempos.
Desta forma, o envelhecimento
populacional é uma realidade inexorável e deve ser acolhido, não temido. Cabe
aos indivíduos, à sociedade civil e às políticas públicas se adaptarem e
explorarem plenamente as oportunidades dessa nova dinâmica demográfica do
século XXI. (ecodebate)





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