quinta-feira, 29 de julho de 2010

Degelo em montanhas aumenta nível dos oceanos

Para glaciólogo, degelo em montanhas é principal causa do aumento do nível dos oceanos.
Ao contrário do que muitos imaginam não é o derretimento de gelo da Antártica e da Groenlândia o principal responsável pelo aumento do nível das águas dos oceanos. É o degelo dos topos das montanhas que deve receber atenção, segundo o coordenador-geral do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera, Jefferson Cardia Simões. O glaciólogo (especialista em gelo e neve) explicou que o descongelamento nas regiões polares está ocorrendo em um ritmo menor por causa do aquecimento global. No topo das montanhas, o cenário é inverso, e o gelo está sumindo rapidamente. De acordo com Simões, é esse gelo derretido que alcançará, em determinado momento, rios e desembocará nos mares, significando o aumento do volume de água. “No manto de gelo da Antártida, o derretimento é muito pouco, menos de 1% do Continente Antártico e está ocorrendo nas periferias das regiões polares. É nas montanhas onde ocorre a maior parte do derretimento, tanto nas zonas temperadas quanto tropicais. E essa água cedo ou tarde vai para o mar, que contribui para o aumento do nível do mar”, disse Simões, em palestra dia 27/07/10 na 62ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Algumas pesquisas preveem um quadro catastrófico: o derretimento total da massa gelada do planeta, equivalente a mais de 28 milhões de Km², levaria a um aumento de 70 metros do nível do mar. Para o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), previsões como essas são exageradas e quase impossíveis de se concretizar em curto prazo. “Gradativamente, vamos ver eventos abruptos de clima, como enxurradas, enchentes e geadas em lugares que nunca haviam ocorrido antes, e também o aumento do nível do mar. Mas é gradativo, não é para amanhã”, afirmou o pesquisador. (EcoDebate)

Nenhum comentário:

Emissões de CO2 do setor de energia crescerão 18% até 2034

Emissões anuais de CO 2 equivalente do setor de energia no Brasil devem crescer 18% até 2034. O setor de transportes, que é responsável por...