Supermercados
deverão distribuir sacolas biodegradáveis em São Paulo
Terminou em 30/07/12
o prazo dado pela juíza Cynthia Torres Cristófaro, da 1º Vara Central, para que
os supermercados voltem a fornecer aos consumidores "gratuitamente e em
quantidade suficiente", sacolas biodegradáveis e de papel em São Paulo.
Até ontem, quando a oferta ainda era facultativa, grandes redes como Sondas,
Carrefour, Walmart e Grupo Pão de Açúcar ignoravam a recomendação, oferecendo
apenas as sacolinhas tradicionais.
As empresas, que são
contrárias à decisão, afirmaram que vão cumprir as determinações da Justiça,
mas que vão recorrer. "Não há um posicionamento final sobre o assunto,
pois a questão da distribuição das sacolas está sendo tratada pelo departamento
jurídico", afirmou o Grupo Sondas, por meio de nota.
O parecer da Justiça
não especifica punições para quem descumprir a determinação nem como deve ser a
sacola biodegradável. No Brasil, ainda falta um certificado que garanta a
origem do material, o que dificulta a fiscalização. Os consumidores também não
saberão discernir, já que é difícil identificar a diferença entre a sacola
biodegradável e a comum, feita de polietileno - derivado do petróleo.
"Algumas empresas produtoras de sacolas colocam de forma irresponsável a
marca de compostável", diz João Carlos de Godoy Moreira, diretor técnico
da Associação Brasileira de Polímeros Biodegradáveis e Compostáveis (Abicom).
A embalagem
compostável, que pode ser feita com amido de milho, batata, mandioca e outros
orgânicos, se decompõe em até 180 dias nas usinas adequadas (que, ao menos na
capital, não existem). Já o plástico oxibiodegradável tem a característica de
se fragmentar mais rapidamente, mas sem perder seus resíduos tóxicos.
"Este tipo de decomposição diminuiu apenas o impacto visual, mas não resolve
o problema", afirma Moreira. (administradores)
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