A represa está 12 metros abaixo do normal.
Usina hidrelétrica de Furnas opera com apenas 15% da sua
capacidade devido aos baixos níveis de água, em 14 de janeiro de 2013.
A Usina de Furnas, a principal da região do lago que leva o
seu nome, está desligando diariamente as suas turbinas por algumas horas para
preservar o reservatório. A informação partiu de funcionários da empresa, e o
motivo seria a seca que vem fazendo o nível do lago baixar 20 centímetros em
média por dia.
A assessoria da usina não desmente o fechamento, mas evita
ligar isso à estiagem. A informação oficial é de que o motivo para as
interrupções seria a manutenção de equipamentos e algumas movimentações
internas. A reportagem esteve na usina na semana passada, mas não pôde chegar
até as turbinas e os funcionários estão impedidos de dar entrevista, mas
confirmaram as interrupções.
O motivo seria mesmo para manter o reservatório enquanto se
espera por chuva. Hoje a represa está 12 metros abaixo do normal, muito
diferente de dois anos atrás, neste mesmo período, quando tinha mais de 90% de
sua capacidade.
Em 04/04/14 a Usina de Furnas operava com apenas
27,22% da capacidade, segundo o ONS (Operador Nacional do Sistema), órgão que
mede a situação das hidrelétricas.
O ONS não comenta o desligamento das turbinas e, questionado
sobre o impacto disso para o sistema elétrico, a assessoria de Furnas disse que
colocaria um técnico para responder a questão, o que não foi feito até o início
da noite. Também não informou quantas das oito turbinas estão sendo desligadas
e quantas horas por dia isso tem ocorrido.
Na Usina de Furnas a baixa do lago é visível, e hoje as
comportas têm permanecido fechadas o tempo todo devido ao nível reduzido de
água. O volume de entrada é de 300 metros cúbicos por segundo e o de saída
chega a 500 metros cúbicos. Essa perda de 200 m3 de água é
significativa e preocupa, pois em pouco tempo poderia comprometer a geração de
energia.
Além da usina principal, o Lago de Furnas serve diretamente
a outras três usinas no Rio Grande e ainda colabora com outras quatro que
também utilizam sua água. Sem contar o sistema elétrico, é de grande
importância para 34 municípios que vivem do turismo e da piscicultura, negócios
que dependem da represa, cada vez mais seca. (veja)
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