Bacia do principal rio da cidade de São Paulo tem 11 pontos de água com
qualidade ruim ou péssima.
Apesar do
investimento de US$ 2 bilhões previsto entre 2009 e 2016 no projeto para sua
despoluição, o Rio Tietê não registrou melhora na qualidade de suas águas,
segundo relatório divulgado em 07/05/14, pela Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo (Cetesb).
O levantamento
feito em 23 pontos de monitoramento espalhados pelos 1.10o quilômetros de
extensão mostra que em 11 deles a qualidade da água do rio é ruim ou péssima.
Os trechos mais problemáticos continuam sendo os que atravessam a Região
Metropolitana, a partir de Suzano, e, só melhoram a partir de Laranjal, no
interior.
"Nas
proximidades da sua nascente, o Rio Tietê apresentou qualidade regular. No
trecho do Médio Tietê, a jusante da Região Metropolitana de São Paulo, a
qualidade piora, passando a péssima com presença de metais, toxicidade,
eutrofização e baixos níveis de oxigênio dissolvido", diz o relatório.
"O trecho mais crítico do Tietê, em termos de qualidade, situa-se a
jusante da Região Metropolitana", completa.
Em nota, a
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) informou que, em
2013, "os meses de janeiro e dezembro tiveram chuvas muito abaixo da média
histórica, o que interfere nas análises" e que a Sabesp atua em apenas um
entre os principais contribuintes com lançamento de esgoto no rio, na capital.
"Cabe
ressaltar ainda que a limpeza do Tietê depende muito do combate à poluição
difusa. Ou seja, do lixo e do esgoto clandestino lançado nas ruas e nos
córregos da Grande São Paulo. Varrição e coleta de lixo não são atribuições da
Sabesp, mas têm grande influência na poluição do rio, como comprova estudo da
USP", afirma.
Segundo a
companhia, os investimentos feitos em despoluição "já garantiram
importantes resultados para a melhoria do rio". "Com a primeira e
segunda fases do Projeto Tietê (1992-2008), o esgoto gerado por uma população
de 8,5 milhões de pessoas passou a ser tratado. Ou seja, em menos de 20 anos, a
Sabesp passou a tratar os dejetos de uma população equivalente à de
Londres", afirma a empresa.
Segundo a
concessionária, um estudo da Fundação SOS Mata Atlântica, ONG que monitora a qualidade
do rio, mostra que a mancha de poluição diminuiu 160 km entre 1992 e 2008.
"No começo dos investimentos, a poluição chegava até a barragem de Barra
Bonita, a 260 km da capital. Com o fim da segunda etapa, em 2008, essa mancha
recuou até Salto, a 100 km de São Paulo", afirma.
Atualmente, o
Projeto Tietê está em execução na terceira fase com investimentos em 580 km de
coletores e interceptores, 1.250 km de redes coletoras, 200 mil ligações
domiciliares e aumento de capacidade de tratamento das estações em 10.500
litros/segundo. (OESP)
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