Alertas de desmatamento na Amazônia verificados pelo DETER
somam 338 km2 em três meses
Nos meses de
fevereiro, março e abril, 338 km² de áreas de alerta de desmatamento e
degradação na Amazônia foram identificados pelo DETER, o sistema de detecção em
tempo real do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) baseado em
satélites e destinado a orientar a fiscalização em campo.
Em fevereiro foram
verificados 119 km2, enquanto em março e abril houve o registro de
53 km2 e 166 km2, respectivamente. A distribuição das
áreas nos Estados em cada mês é apresentada na tabela a seguir.
XXXXX – Fevereiro - Março - Abril - TOTAL
Amazonas - ____ -
16,1 – 3,85 – 19,95
Maranhão - ____ -
____ - 6,69 – 6,69
Mato Grosso – 81,51 –
14,52 – 112,49 – 208,52
Pará - ____ - 8,13 –
3,96 – 12,39
Rondônia - ____ -
1,61 – 35,48 – 37,09
Roraima – 14,78 –
12,51 – 1,37 – 28,66
Tocantins – 22,47 -
____ - 2,56 – 25,03
TOTAL – 118,76 –
52,87 – 166,4 – 338,03
Obs.: valores em km2
Os resultados
do DETER devem ser analisados em conjunto com as informações sobre a cobertura
de nuvens, que afeta a observação por satélites. As áreas em rosa dos mapas a
seguir correspondem aos locais que estiveram encobertos no período. Nos mesmos
mapas, os pontos amarelos mostram a localização dos alertas emitidos pelo
DETER.
Mapa de alertas de
fevereiro, mês em que a cobertura de nuvens impediu a observação de 70% da
Amazônia
Mapa de alertas de
março, mês em que a cobertura de nuvens impediu a observação de 68% da Amazônia
Mapa de alertas de
abril, mês em que a cobertura de nuvens impediu a observação de 59% da Amazônia
Em função da
cobertura de nuvens variável de um mês para outro e, também, da resolução dos
satélites, o INPE não recomenda a comparação entre dados de diferentes meses e
anos obtidos pelo sistema DETER.
Entre novembro e
abril, época de chuvas na Amazônia, a observação por satélites se torna mais
difícil devido à intensidade de nuvens que cobrem a região. Nesta época, o INPE
divulga os resultados do DETER agrupados por período, embora o sistema mantenha
durante todo o tempo sua operação regular e o envio diário dos dados ao IBAMA e
Ministério do Meio Ambiente, responsáveis pela fiscalização e controle do
desmatamento.
Sistema de alerta
Realizado pela
Coordenação de Observação da Terra do INPE, o DETER é um serviço de alerta de
desmatamento e degradação florestal na Amazônia Legal baseado em dados de
satélite de alta frequência de revisita.
Os alertas produzidos
pelo DETER servem para orientar a fiscalização e garantir ações eficazes de
controle da derrubada da floresta. Embora sejam divulgados relatórios que
reúnem dados de um ou mais meses, os resultados do DETER são enviados quase que
diariamente ao IBAMA.
O DETER utiliza
imagens do sensor MODIS do satélite Terra, com resolução espacial de 250
metros, que possibilitam detectar polígonos de desmatamento com área maior que
25 hectares. Nem todos os desmatamentos são identificados devido à ocorrência
de cobertura de nuvens.
A menor resolução dos
sensores usados pelo DETER é compensada pela capacidade de observação diária,
que torna o sistema uma ferramenta ideal para informar rapidamente aos órgãos
de fiscalização sobre novos desmatamentos.
Este sistema registra
tanto áreas de corte raso, quando os satélites detectam a completa retirada da
floresta nativa, quanto áreas com evidência de degradação decorrente de
extração de madeira ou incêndios florestais, casos que fazem parte do processo
de desmatamento na região.
Os números apontados
pelo DETER são importantes indicadores para os órgãos de controle e
fiscalização. No entanto, para computar a taxa anual do desmatamento por corte
raso na Amazônia, o INPE utiliza o PRODES (www.obt.inpe.br/prodes), que trabalha com imagens de melhor
resolução espacial capazes de mostrar também os pequenos desmatamentos.
A cada divulgação
sobre o sistema de alerta DETER, o INPE apresenta ainda um relatório de
avaliação amostral dos dados. Os relatórios, assim como todos os dados
relativos ao DETER, podem ser consultados em http://www.obt.inpe.br/deter. (ecodebate)
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