Nova queda é registrada no nível de água do Sistema
Cantareira, em São Paulo.
Sem ocorrência de
chuva, o nível dos reservatórios de São Paulo continua caindo, de acordo com a
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo. No Sistema Cantareira,
onde é usada a reserva técnica, o nível passou de 13% para 12,8% em 28/10. No mesmo dia de 2013, o percentual era 37,4%.
No Alto Tietê, o
nível caiu 0,2% de 28 para 29/10, quando o número chegou a 7,4%. No ano
passado, o sistema operava com 51,9% de sua capacidade de armazenamento. Na
Represa Guarapiranga, o nível hoje é 40,8% ante 41% registrados ontem. No dia
28 de outubro do ano passado o nível era 76,7%.
No Rio Grande há
70,1% da capacidade, e ontem era 70,3%. No mesmo dia de 2013, a represa tinha
95,1%. No Reservatório Rio Claro o nível é 45,8% da capacidade de
armazenamento, ante os 46,6% de 28/10 e os 94,1% de 28/10/13.
Segundo o
especialista em recursos hídricos e professor da Universidade Estadual de
Campinas Antônio Carlos Zuffo, a expectativa é que as chuvas voltem para
recuperar os níveis dos reservatórios, uma vez que qualquer solução de
engenharia demora para ser implementada. “A demora é de cinco a dez anos. Na
situação atual, só podemos contar com a economia doméstica e industrial,
aguardar chuvas e rezar para que venha acima da média”, disse.
Entretanto, ele
ressaltou que a perspectiva é que a chuva venha abaixo da média, porque nos
últimos meses as precipitações foram fracas. “É mais provável que continue
assim do que acima [da média]. A chuva é um fenômeno natural, então, é mais
provável que ocorra mais abaixo”, prevê.
Antonio Zuffo avaliou
que, caso não chova este ano, e 2015 se inicie sem chuva, a população começará
o ano sem água, porque a segunda cota da reserva técnica terá acabado. “Aí a
situação seria muito pior do que este ano”.
Outro risco, se a
falta de chuva continuar, é que a população fique sem energia elétrica, porque
as represas onde estão as geradoras podem ficar sem água. “Isso justamente
quando as temperaturas aumentam e o consumo também”, antecipou. (ecodebate)
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