Ação
SOS Mata Atlântica diz que País prioriza grandes reservatórios para produção de energia em vez de abastecimento.
Não é só a severa estiagem que prejudica o nível dos reservatórios.
SOS Mata Atlântica diz que País prioriza grandes reservatórios para produção de energia em vez de abastecimento.
Não é só a severa estiagem que prejudica o nível dos reservatórios.
A geração de energia com a água da Represa Paraibuna e com o
restante da Bacia do Rio Paraíba do Sul deixa a crise hídrica ainda mais
problemática na região do Vale do Paraíba, no interior paulista.
De acordo com Malu Ribeiro, coordenadora da Rede Água da SOS
Mata Atlântica e especialista em Recursos Hídricos, a seca da Paraibuna também
é responsabilidade do setor hidroelétrico. “O setor sempre mandou na questão da
água. Existem reservatórios grandes, mas que não são de usos múltiplos, como é
o caso da Represa Paraibuna. A única saída para resolver isso são planos
estratégicos de bacias hidrográficas”, afirma.
Segundo ela, a falta de opções para gerar energia é um
problema nacional, o que deixa o País dependente das águas dos reservatórios
que poderiam ser economizadas nas secas.
Sobre o estudo do governo do Estado de criar um volume morto
de 162 bilhões de litros de água para atender o Rio, ela concorda com o uso da
reserva em estiagens, desde que o governo tenha planos de como usar o recurso.
“Está se correndo atrás de todas as águas que restam. O que a sociedade civil
quer é que haja um plano maior que detalhe os próximos passos sobre o uso do
volume morto e as medidas que serão tomadas para encher novamente os
reservatórios”, afirma.
Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), cerca de 11
milhões de pessoas dependem da água da Bacia do Rio Paraíba do Sul. A bacia
atende cidades do Vale do Paraíba, mas a maior parte dos consumidores está no
Estado do Rio. (OESP)
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