domingo, 23 de novembro de 2014

Manual de sobrevivência com pouca água

Melhor seria não ter que se preocupar com isso, mas...
Seguem abaixo algumas dicas que podem ser úteis, especialmente nas regiões que já sofrem com a falta d`água.
Talvez algumas dessas sugestões possam inspirar mudanças importantes na rotina para seu maior conforto.
Se possível, envie para o blog as suas próprias soluções em favor do consumo consciente de água. Quanto mais, melhor.
1) Reutiliza a água ensaboada da máquina de lavar ou do tanque:
Colete a água ensaboada da máquina de lavar em baldes grandes ou recipientes compatíveis com o grande volume que sai dali.  Basta redirecionar a mangueira por onde sai essa água, que jogamos fora sem nos dar conta do volume e de sua conveniência. Se usar o tanque para lavar roupas, retire o sifão e estoque essa água. É possível reutilizá-la na lavagem de pisos e janelas, calçadas e carros, ou até mesmo no vaso sanitário.
2) Vai ligar a máquina de lavar? Só com a carga máxima:
Ligar a máquina para lavar menos do que a carga máxima do equipamento é desperdício de água e energia. Programe-se para utilizar com inteligência toda a água demandada no processo de lavagem.
3) Para quê dar tanta descarga?
Se for fazer xixi, experimente não dar descarga tão rápido. Tente fazer isso apenas no final do dia ou quando fizer o "nº 2". Mantenha o vaso tampado (não haverá mal cheiro) e verifique como esse procedimento simples representa uma gigantesca redução no consumo de água. É bom lembrar que a água do vaso sanitário é potável, tem a mesma origem daquela que você bebe.
4) Carro sujo, motorista consciente:
Lavar o carro em períodos de grave estiagem é crime de lesa-cidade. Quanto pior a situação nos reservatórios, menos importante (ou urgente) se torna a vaidade de manter o automóvel brilhando às custas de preciosos litros de água. Se houver a necessidade imperiosa de fazê-lo, priorize os serviços que utilizam óleos e cremes especiais que dispensam a utilização de água no processo.
5) Nada de “duchas grátis” nos postos de gasolina:
Se o dono do posto provar que reutiliza a água tratada de esgoto ou aproveita a água de chuva para esse fim, tudo bem. Do contrário, você agravará o problema da estiagem por motivo torpe. Como se sabe, a água encanada que abastece os postos de gasolina é a mesma que você utiliza em casa. Não existe "ducha grátis". Alguém sempre paga a conta. Em períodos de grave estiagem, a conta é alta para a coletividade.
6) Vai chover? Prepare-se para a “recarga grátis”:
Fique de olho na previsão do tempo e prepare-se com inteligência para reforçar o arsenal de coleta de água de chuva ( baldes, bacias, caixa de água específica para isso, etc) para fins não nobres. Use essa água para tudo aquilo que sugerimos acima no reaproveitamento das águas ensaboadas. Com a água de chuva tem-se a vantagem adicional de regar o jardim ou lavar a louça. Quem puder, providencie desde já uma pequena obra para a instalação de uma cisterna que possa armazenar a água da chuva para sua própria comodidade. Mesmo nos períodos de normalidade (no que se refere à disponibilidade hídrica) a água de chuva permite uma drástica redução no giro do relojinho das companhias de abastecimento. Faz bem para o meio ambiente e para o seu bolso.
7) Banhos mais curtos fazem toda a diferença:
É perfeitamente possível reduzir o tempo no banho sem nenhum prejuízo para a higiene pessoal. Se o banho é quente, e a água demora a aquecer, abra o chuveiro com o cuidado de posicionar um balde coletando a água fria até que a temperatura seja do seu agrado. É o que se faz, por exemplo, em países desérticos como Israel (que, diga-se de passagem, hoje tem mais água disponível que São Paulo). Depois do banho, use a água do balde para qualquer outro fim ou adicione ao seu estoque doméstico de Águas de Reuso. Durante o banho, depois de molhar o corpo, feche o chuveiro e comece a se ensaboar. Depois, se for o caso, passe também xampu. Abra o chuveiro para remover a espuma e fim de papo. Parece um suplício, mas é possível tomar um banho gostoso com muito menos água. Experimente, e, se possível, meça a economia.
8) Outro jeito de lavar a louça:
Que tal reduzir pela metade o consumo de água nas torneiras (cozinha, banheiros etc) instalado redutores de vazão? Qualquer loja de material de construção tem essa peça pequenininha (preço não ultrapassa os R$ 30) que assegura uma economia gigante de água. No mais, tente lavar a louça sem deixar a torneira aberta o tempo todo. Existem várias técnicas interessantes que alcançam o mesmo objetivo. Tem até quem remova com folha de jornal a parte mais grossa das impurezas antes de usar água e detergente. Veja o que lhe convém, considere o suo de menos água um saudável desafio.
9) Lavar calçada? Leia antes:
Não use a água para substituir o que uma boa vassourada dá conta. Se o uso da água for indispensável, verifique se a mangueira tem furos, use redutor de vazão, e não perca tempo (e água) insistindo em remover detritos explorando a força do jato. A chamada "vassoura hidráulica" é o maior pesadelo dos engenheiros das companhias de abastecimento.
10) Espalhe nas redes sociais as “cartilhas para o consumo consciente de água”:
Viralize as boas práticas nas redes sociais, estimule a adoção dessas medidas em casa, no condomínio, no trabalho, no clube, etc. Instrua, em particular, os dois mais importantes "gestores ambientais" das cidades: os porteiros e as empregadas domésticas. São eles que manipulam com mais intensidade a água tratada para múltiplos usos. Cidadania é atitude. Se cada um fizer a sua parte, essa crise passa mais rápido e forma menos dolorosa. Mas a cobrança sobre as autoridades competentes não cessa. E quando os reservatórios alcançarem novamente o nível de conforto, a luta continua. E as medidas em favor do uso consciente da água também. (g1)

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