Especialista defende ‘proibição radical’ de sacolinhas
Para ambientalista do Instituto Pólis, há outras opções de
realização de coleta seletiva que prescindem do uso das sacolas plásticas.
A especialista em gestão de
resíduos sólidos e ambientalista do Instituto Pólis, Elisabeth Grimberg
criticou a posição da Prefeitura de São Paulo de liberar o uso de sacolinhas.
Para ela, há outras opções de realização da coleta seletiva que prescindem do
uso das sacolas plásticas. “As sacolas são desnecessárias. A Prefeitura poderia
ter avançado mais e decidido pela proibição radical”, disse, citando exemplos
de descarte direto do material reciclável em recipiente maior.
As sacolinhas plásticas
distribuídas por supermercados da capital paulista serão padronizadas dentro de
60 dias e continuarão à disposição da população. Mas, na hora de usá-las como
saco de lixo, o cidadão só poderão depositar nelas restos que serão
encaminhados para a coleta seletiva. Se usá-las para descartar lixo orgânico, o
paulistano poderá ser multado em R$ 50.
Elisabeth reforçou o entendimento de que a produção e a
distribuição do produto representa danos ao ambiente. “Temos impacto da
extração da matéria-prima ao pós-consumo. É um produto que vai virar resíduo”,
disse.
A nova medida foi recebida com
ressalvas por moradores da capital. Pedro Ivanow, presidente da Associação
Defenda Higienópolis, disse acreditar que a decisão é correta como política de
tratamento de lixo, mas não é suficiente. “Antes de pensar na fiscalização, é preciso
pensar como o recolhimento será feito e dar condições para que a população faça
a separação do resíduos”, afirmou. (OESP)
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