Situação
do Sistema Cantareira continua crítica, diz entidade.
Diretor
do PCJ pede que ações de redução de consumo de água sejam mantidas.
Pelo menos vinte municípios das regiões de Campinas
e Piracicaba têm reservas de água para cerca de cinco meses, aponta estudo.
Apesar
das chuvas, o Sistema Cantareira ainda opera com nível entre 50% e 60% menor do
que tinha no mesmo período de 2014, disse em 26/03/15 o diretor executivo do
PCJ (Consórcio das Bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí), Francisco Lahóz.
— A situação (do Cantareira) não é
tranquila, pois foi usado até seu volume estratégico e só recuperamos uma
parcela desse volume. Insistimos na necessidade de reservar água e evitar
perdas.
Conforme dados do PCJ, embora as
chuvas de fevereiro deste ano tenham sido acima da média, no mês de janeiro
elas ficaram 50% abaixo e no mês de março ainda não ultrapassaram a média
histórica. A expectativa é de que o ciclo das chuvas, que normalmente vai até o
último dia de março, se estenda por mais um mês.
— Como 2014 foi um ano atípico e as
chuvas atrasaram, talvez esteja acontecendo um deslocamento climático, que pode
levar as chuvas a se estenderem até abril. Se isso acontecer, podemos recuperar
o Cantareira e ainda manter os rios do PCJ com bom volume de água.
Como essa ocorrência de chuvas
ainda não é apontada pelas previsões climáticas, ele indica que as ações de
redução de consumo e de preservação da água da chuva sejam mantidas ou
adotadas.
— Insistimos na construção de
cisternas em São Paulo para reservar água da chuva, pois isso até reduz as
enchentes. Estamos propondo que a água dos piscinões da capital seja revertida
para o sistema para ser tratada e usada.
Ele espera ainda que o governo
paulista inicie este ano a construção de reservatórios nos rios Jaguari, em
Pedreira, e Camanducaia, em Amparo, para aumentar a disponibilidade de água na
região do PCJ no interior.
Estudo do consórcio mostra que pelo
menos vinte municípios das regiões de Campinas e Piracicaba têm reservas de
água para cerca de cinco meses. Se a estiagem prevista para abril se estender
até o fim do ano, municípios como Valinhos, Vinhedo, Saltinho, Nova Odessa e
Cosmópolis, que já tiveram racionamento no ano passado, podem ficar sem água.
Embora tenham reservatórios cheios,
o volume é pequeno comparado ao consumo e eles dependem das chuvas para serem
abastecidos. De acordo com o PCJ, prefeituras e serviços de abastecimento já
foram alertados sobre esse cenário. (r7)
Nenhum comentário:
Postar um comentário