Caminhos da Reportagem percorre quatro estados
brasileiros e revela pequenas ações que podem trazer grandes resultados na luta
pelo reequilíbrio do ecossistema.
Como anda a qualidade dos rios e córregos que cortam o Brasil? Que tipos de contaminação ocorrem nas
cidades? E no campo? O poder público está cumprindo seu papel de proteção dos
nossos recursos hídricos? Quem são as pessoas que se dedicam à causa da
preservação das águas no nosso País?
No Amazonas, o programa mostra os efeitos da contaminação urbana. Em
Manaus, dejetos despejados diretamente nos igarapés colocam em risco a saúde do
maior rio do País, o Amazonas. No Mato Grosso, a contaminação das nascentes e do lençol freático por
agrotóxico e Mercúrio já põe em risco o maior aquífero do mundo, o Guarani. “É
que a gente tem uma parte do aquífero Guarani que fica sob o Mato Grosso,
principalmente na região sul, que pega a região do Pantanal”, alerta o
professor de Medicina da Universidade
Federal de Mato Grosso, Wanderlei Pignatti.
Apesar deste cenário, iniciativas individuais e coletivas apostam na
mudança de relacionamento do homem com as águas. Ações como a do fotógrafo
Sebastião Salgado, que transformou a fazenda da família, em Minas Gerais, em
numa instituição de resgate de nascentes. Nos últimos 16 anos, mil delas já
foram recuperadas. “A meta é salvar mais 370 mil nos próximos 40 anos”, conta o
superintendente executivo do Instituto
Terra, Adonai Cruz.
Em São Paulo, o projeto Rios e Ruas revela centenas de córregos que foram sendo
escondidos pelas redes de esgoto, pelo asfalto, prédios e marquises. “Nós
queremos os rios abertos”, declara o arquiteto social José Bueno, que
convida o paulistano a mudar seu olhar sobre essas águas invisíveis. “Não sei
se vai demorar dois anos, cinco anos, dez anos, 20 anos, talvez 50 anos, mas a
gente vai trazer esses rios de volta, sim!”. (ecodebate)
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