domingo, 7 de julho de 2019

Maio 1.102,57 km² de alertas de desmatamento e degradação na Amazônia Legal

DETER/INPE registra em maio 1.102,57 km² de alertas de desmatamento e degradação na Amazônia Legal.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) registrou em maio 1.102,57 km² de áreas de alerta de desmatamento e degradação na Amazônia Legal. As informações são do DETER, o Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real, que é baseado em imagens de satélites e destinado a orientar a fiscalização em campo, feita pelos órgãos competentes.
Considerando somente os alertas do tipo desmatamento, onde já houve a remoção completa da cobertura florestal (corte raso), as áreas mapeadas em maio somam 739,68 km². A distribuição das áreas de alertas por estado é mostrada na tabela a seguir.

Áreas alertas Deter desmatamento + degradação (km2)
Áreas alertas Deter desmatamento (km2)
Acre
10,25
9,25
Amapá
0
0
Amazonas
222,18
175,88
Maranhão
1,42
1,42
Mato Grosso
404,58
191,42
Pará
305,83
249,64
Rondônia
158,04
111,8
Roraima


Tocantins
0,27
0,27
Total
1.102,57
739,68

As áreas de desmatamento por corte raso nos últimos três meses (março, abril e maio/2019) acumulam o total de 1.238,3 km2. No mesmo período do ano anterior, foram registrados 1.396,3 km2, ou seja, observa-se uma redução de 11,3%.

Já quando analisado o ano calendário do desmatamento – agosto/2018 a maio/2019 – o DETER aponta 3.654,7 km2, valor 4,8% superior ao do período de agosto/2017 a maio/2018, que foi de 3.487 km2. Estes comparativos são apresentados no gráfico a seguir.

Em função da cobertura de nuvens variável de um mês para outro e, também, da resolução dos satélites, o INPE recomenda que a comparação entre dados de diferentes meses e anos obtidos pelo sistema DETER seja feita com cautela.
Sistema de alerta
Realizado pela Coordenação de Observação da Terra em conjunto com o Centro Regional da Amazônia (CRA), o DETER é um serviço de alerta de desmatamento e degradação florestal na Amazônia Legal baseado em dados de satélite de alta frequência de revisita.
Os alertas produzidos pelo DETER servem para orientar a fiscalização e garantir ações eficazes de controle da derrubada da floresta. Embora sejam divulgados relatórios que reúnem dados de um ou mais meses, os resultados do DETER são enviados quase que diariamente ao Ibama.
O DETER utiliza imagens dos sensores WFI/CBERS-4 e AWiFS/IRS que cobrem a Amazônia a cada 5 dias e possibilitam detectar polígonos de desmatamento com área maior que três hectares. Nem todos os desmatamentos são identificados devido à ocorrência de cobertura de nuvens. A alta disponibilidade das imagens utilizadas pelo DETER torna o sistema uma ferramenta ideal para informar rapidamente aos órgãos de fiscalização sobre novos desmatamentos.
Este sistema registra tanto áreas de corte raso, quando os satélites detectam a retirada da floresta nativa, quanto áreas com evidência de corte seletivo, mineração, degradação decorrente de extração de madeira ou incêndios florestais, casos que fazem parte do processo de desmatamento na região.
O INPE enfatiza que o DETER é um sistema expedito de Alerta desenvolvido metodologicamente para suporte à fiscalização. A informação sobre áreas é para priorização por parte das entidades responsáveis pela fiscalização e não deve ser entendida como taxa mensal de desmatamento. O número oficial do INPE sobre a taxa anual de desmatamento por corte raso na Amazônia Legal brasileira é fornecido, desde 1988, pelo projeto PRODES que trabalha com imagens de melhor resolução espacial. (ecodebate)

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