DETER/INPE registra em maio 1.102,57 km² de alertas
de desmatamento e degradação na Amazônia Legal.
O
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) registrou em maio 1.102,57 km²
de áreas de alerta de desmatamento e degradação na Amazônia Legal. As
informações são do DETER, o Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real,
que é baseado em imagens de satélites e destinado a orientar a fiscalização em
campo, feita pelos órgãos competentes.
Considerando
somente os alertas do tipo desmatamento, onde já houve a remoção completa da
cobertura florestal (corte raso), as áreas mapeadas em maio somam 739,68 km². A
distribuição das áreas de alertas por estado é mostrada na tabela a seguir.
Áreas alertas Deter desmatamento + degradação (km2)
|
Áreas alertas Deter desmatamento (km2)
|
|
Acre
|
10,25
|
9,25
|
Amapá
|
0
|
0
|
Amazonas
|
222,18
|
175,88
|
Maranhão
|
1,42
|
1,42
|
Mato Grosso
|
404,58
|
191,42
|
Pará
|
305,83
|
249,64
|
Rondônia
|
158,04
|
111,8
|
Roraima
|
||
Tocantins
|
0,27
|
0,27
|
Total
|
1.102,57
|
739,68
|
As
áreas de desmatamento por corte raso nos últimos três meses (março, abril e
maio/2019) acumulam o total de 1.238,3 km2. No mesmo período do ano anterior, foram
registrados 1.396,3 km2, ou seja,
observa-se uma redução de 11,3%.
Já
quando analisado o ano calendário do desmatamento – agosto/2018 a maio/2019 – o
DETER aponta 3.654,7 km2, valor 4,8%
superior ao do período de agosto/2017 a maio/2018, que foi de 3.487 km2. Estes comparativos são
apresentados no gráfico a seguir.
Em função da cobertura de
nuvens variável de um mês para outro e, também, da resolução dos satélites, o
INPE recomenda que a comparação entre dados de diferentes meses e anos obtidos
pelo sistema DETER seja feita com cautela.
Sistema de alerta
Realizado pela Coordenação de
Observação da Terra em conjunto com o Centro Regional da Amazônia (CRA), o
DETER é um serviço de alerta de desmatamento e degradação florestal na Amazônia
Legal baseado em dados de satélite de alta frequência de revisita.
Os alertas produzidos pelo
DETER servem para orientar a fiscalização e garantir ações eficazes de controle
da derrubada da floresta. Embora sejam divulgados relatórios que reúnem dados
de um ou mais meses, os resultados do DETER são enviados quase que diariamente
ao Ibama.
O DETER utiliza imagens dos
sensores WFI/CBERS-4 e AWiFS/IRS que cobrem a Amazônia a cada 5 dias e
possibilitam detectar polígonos de desmatamento com área maior que três
hectares. Nem todos os desmatamentos são identificados devido à ocorrência de
cobertura de nuvens. A alta disponibilidade das imagens utilizadas pelo DETER
torna o sistema uma ferramenta ideal para informar rapidamente aos órgãos de
fiscalização sobre novos desmatamentos.
Este sistema registra tanto
áreas de corte raso, quando os satélites detectam a retirada da floresta
nativa, quanto áreas com evidência de corte seletivo, mineração, degradação
decorrente de extração de madeira ou incêndios florestais, casos que fazem
parte do processo de desmatamento na região.
O INPE enfatiza que o DETER é
um sistema expedito de Alerta desenvolvido metodologicamente para suporte à
fiscalização. A informação sobre áreas é para priorização por parte das
entidades responsáveis pela fiscalização e não deve ser entendida como taxa
mensal de desmatamento. O número oficial do INPE sobre a taxa anual de
desmatamento por corte raso na Amazônia Legal brasileira é fornecido, desde
1988, pelo projeto PRODES que trabalha com imagens de melhor resolução
espacial. (ecodebate)
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