Segundo Fabiana Alves,
coordenadora de Clima e Justiça do Greenpeace Brasil, não dá para salvar o
clima sem a ajuda das grandes empresas. Porém, segundo dados do Monitor de
Responsabilidade Climática Corporativa de 2022, do New Climate Institute,
algumas das maiores corporações multinacionais não apenas deixam de lado suas
metas climáticas, como também não comunicam suas medidas de responsabilidade
climática com transparência suficiente ou são totalmente ausentes.
Como mostra o gráfico, 84% das
25 empresas pesquisadas mostram apenas uma integridade muito baixa ou baixa na
realização das metas climáticas. Embora todas as empresas tenham estabelecido
algum tipo de meta, as abordagens individuais diferem.
Amazon, por exemplo, como
mostra o Monitor de Responsabilidade Climática Corporativa 2022, está no nível
de integridade baixa e promete ser zero carbono até 2040, enquanto a Ikea, de
classificação igualmente baixa, afirma se tornar positiva para o clima até
2030.
No geral, 13 das 25 empresas
pesquisadas mostraram, pelo menos, transparência moderada em relação às suas
metas de responsabilidade climática, mas apenas quatro apresentaram integridade
moderada ou superior. Curiosamente, 3 das 4 corporações nesta faixa, como, por
exemplo, a Apple, Sony e Vodafone, são originárias da indústria de tecnologia,
enquanto o provedor de logística Maersk foi a única empresa com uma pontuação
de integridade razoável, apesar do setor de atuação.
Para montar a lista hierárquica, pesquisadores do New Climate Institute analisaram informações publicamente disponíveis sobre rastreamento e divulgação de emissões das companhias. No geral, as empresas pesquisadas geraram US$ 3,2 trilhões em 2020, representando 10% da receita das 500 maiores empresas e contribuíram com um total de 2,7 bilhões de toneladas métricas de CO2 em 2019, o que equivale a cerca de 7% das emissões mundiais de gases de efeito estufa em 2019.
O sistema, que circula águas mais quentes dos trópicos para o Norte e envia água mais fria para o Sul em correntes mais profundas, tem efeitos de longo alcance nos padrões climáticos em grandes porções do globo.
Mas afinal, quais são os
desafios que essas grandes empresas enfrentam para cumprir suas metas de
redução de emissões de CO2?
Elenco, abaixo, três dos
principais desafios que, também, considero que são problemas que essas
companhias precisam enfrentar.
1 – Os profissionais que fazem
parte dos departamentos de sustentabilidade precisam saber o que fazer.
Existem diversas questões que
envolvem o problema de que os profissionais das áreas de sustentabilidade não
sabem o que fazer, como, por exemplo, mão de obra desqualificada. Mas, para
mim, o principal motivo é que os departamentos de sustentabilidade nunca sequer
tentaram desenvolver projetos de eficiência energética.
Uma boa relação entre a
quantidade de energia disponível para o desempenho e o que de fato é utilizado
para a realização do trabalho reflete diretamente na gestão de qualquer
negócio. Faz parte desse processo potencializar de forma consciente o uso dos
recursos naturais, pesquisar por fontes de energia limpa e adequar seu espaço
com ferramentas eficientes.
Na prática, a eficiência
energética tem como objetivo principal maximizar o desempenho da operação ao
mesmo tempo em que reduz custos. Com isso, é possível alcançar os melhores
resultados de maneira mais inteligente, aproveitando corretamente os recursos
disponíveis.
2 – Os departamentos de
sustentabilidade não sabem quantificar dentro das ações de sustentabilidade
quanto foi as reduções de emissão de CO2 e nem tampouco garantia da
sua real eficiência.
O segundo maior problema que
vejo é que os departamentos de sustentabilidade precisam garantir e quantificar
para a companhia que esse investimento de Capex vai reduzir uma quantia considerável
as emissões em CO2, por exemplo.
Por isso, para mim, as metas
que as grandes empresas colocaram não estão sendo cumpridas, pois, elas não
souberam quantificar os números e, quando isso acontece, é impossível cumprir
os objetivos.
3 – O Capex destinado aos
investimentos em ações de redução de emissões de CO2 não é liberado.
Esse problema está ligado com o
tópico acima. As companhias liberam recursos para ações quantificáveis, porém
não definem garantias e prazos para as metas serem alcançadas, fazendo com que
a maioria dos projetos sejam rejeitados.
Por esse motivo, cada vez mais, as companhias têm contratado empresas especializadas e desenvolvido projetos de eficiência energética, porque, com eles é possível que as ações sejam quantificadas, como, por exemplo, o quanto de emissão de CO² será reduzido, quantos % de economia de energia elétrica será gerada e outras utilidades, como, por exemplo, água e gás.
Aquecimento será maior no Ártico, Hemisfério Norte e em áreas de terra ao passo que a chuva aumentará nas latitudes altas e diminuirá nos subtrópicos.
Benefícios da eficiência
energética
Um dos principais objetivos da
eficiência energética é tornar o consumo de eletricidade mais consciente. Com
isso, reduz os impactos ao meio ambiente, visto que a produção de energia no
país ocorre, majoritariamente, por meio de hidrelétricas. Por sua vez, essas
fontes de geração de energia necessitam de áreas extensas e vasta utilização de
recursos naturais.
Elencando o tópico anterior, ao
se atentar a assuntos que possuem alta preocupação da sociedade atual, as
empresas passam a corresponder às expectativas do público e também a cumprirem
suas metas. Com isso, a imagem do negócio é ainda mais valorizada e o
relacionamento com fornecedores, clientes, possíveis consumidores e outros
negociadores é fortalecido.
Outro ganho da eficiência
energética é a diminuição de perdas nas instalações elétricas, equipamentos e
sistemas atrelados. Isso ocorre porque todo o gerenciamento desses aspectos é
mais assertivo, assim as manutenções são empregadas da maneira correta,
respeitando processos e periodicidade. Desse modo, minimizam-se os riscos de
paradas abruptas que prejudiquem a operação ou erros que afetem o funcionamento
desses ativos.
As empresas conseguem alcançar
redução significativa das despesas operacionais, tanto com a conta de energia
em si, quanto com a manutenção de todo o espaço. Além disso, os custos que
envolvem a mão de obra também são otimizados, isso porque os colaboradores
estão mais preparados para lidarem com essas iniciativas e todo o espaço é mais
seguro, diminuindo os riscos de acidentes ou desperdícios.
Ao mesmo tempo que é possível diminuir o valor da sua fatura, essas mudanças interferem de maneira positiva na geração de energia, diminuindo o intenso uso dos recursos naturais, além de auxiliar na diminuição da emissão de CO2, por exemplo.
Ação climática: são muitas as razões para as empresas agirem agora pelas mudanças climáticas.
É um caminho que estimula
mudanças ainda mais efetivas, como a procura por fontes de energia limpa e
menos agressivas, que já é um movimento comum. Colocar em prática essas
medidas, tornou a busca por eficiência energética mais um recurso em prol do
desenvolvimento sustentável. (ecodebate)
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