terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

A estagnação da expectativa de vida ao nascer nos Estados Unidos

Os EUA eram o país com maior esperança de vida ao nascer em 1900, com 49 anos. Em 1950, mantinham a dianteira com 68 anos, chegaram a 76,8 anos no ano 2000, atingiram 78,6 anos em 2010 e 78,8 anos em 2019. Portanto, na última década houve estagnação dos anos médios de vida da população americana. Caiu com a covid-19.
O Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos da América (EUA), divulgou em dezembro passado, a expectativa de vida do país em 2022. Os novos dados mostram que a idade média de vida nos EUA ficou em 77,5 anos, recuperando parte da perda ocorrida durante a pandemia da covid-19.

A expectativa de vida ao nascer dos homens ficou em 74,8 anos e das mulheres em 80,2 anos, conforme mostra o gráfico abaixo, que indica que o nível pré-pandemia ainda não foi alcançado.

O gráfico também mostra uma estagnação da expectativa de vida nos EUA, pois os valores de 2022 são muito próximos dos valores no início dos anos 2000. Além disto, o patamar americano está abaixo dos valores alcançados pela média dos países desenvolvidos que, segundo a Divisão de População da ONU, indica uma expectativa de vida ao nascer de 78,6 anos para ambos os sexos, 75,4 anos para os homens e 81,7 anos para as mulheres. No Japão, com a maior expectativa de vida do mundo entre os grandes países, os números são: 84,8 anos para ambos os sexos, 81,8 anos para os homens e 87,8 anos para as mulheres.


O gráfico abaixo mostra a expectativa de vida para ambos os sexos, em 2021 e 2022, para os grupos étnicos/culturais nos EUA. Nota-se que, para 2022, a população branca apresentou os mesmos 75,5 anos de expectativa de vida da média da população do país. A expectativa de vida ao nascer da população indígena e nativa ficou em 67,9 anos em 2022, ficou em 72,8 anos na população negra, em surpreendente 80 anos na população de origem hispânica e de impressionantes 84,5 anos entra a população de origem asiática.
Ou seja, a expectativa de vida ao nascer das populações indígena e negra é menor do que a da população branca, mas os hispânicos que possuem menor renda do que as populações brancas conseguem ter um tempo de vida médio maior. De acordo com o CDC, a baixa taxa de tabagismo entre os hispânicos é uma das causas para o “paradoxo latino-americano”, uma vez que os latinos desfrutam de uma maior expectativa de vida (dois anos e meio a mais), apesar de serem duas vezes mais propensos a viver abaixo da linha de pobreza e três vezes mais propensos a não terem plano de saúde do que os brancos.

Já a diferença entre a expectativa de vida da população de origem asiática e a população branca dos EUA é atribuível ao fato de os asiáticos tenderem a sobreviver aos brancos, independentemente da causa da morte. As causas que mais contribuem para a disparidade são as doenças cardíacas (24%) e os cânceres (18%). Os homens contribuem um pouco mais para a disparidade do que as mulheres. Isto é, os homens de origem asiática vivem muito mais do que os homens brancos americanos.

Evidentemente, existe um problema de saúde pública no país mais rico do mundo (em dólares correntes). Os EUA eram o país com maior esperança de vida ao nascer em 1900, com 49 anos. Em 1950, mantinham a dianteira com 68 anos, chegaram a 76,8 anos no ano 2000, atingiram 78,6 anos em 2010 e 78,8 anos em 2019. Portanto, na última década houve estagnação dos anos médios de vida da população americana. Caiu com a covid-19. Espera-se que haja melhora na atual década. (ecodebate)

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