Seis cidades brasileiras
registraram recordes de temperaturas em 2024.
Março, abril e maio de 2024
quebraram recordes mensais de temperatura global. Cerca de uma em cada quatro
pessoas no planeta enfrentou temperaturas acima do comum, devido às mudanças
climáticas.
Essa é a análise do relatório
“Pessoas expostas à mudança climática: março-maio de 2024” (People Exposed to
Climate Change: March-May 2024) divulgado em 06/06/24 pela Climate Central,
organização americana de monitoramento meteorológico.
Segundo o relatório, os efeitos das mudanças induzidas pelo homem, foram evidentes em todas as regiões do mundo, particularmente sob a forma de calor extremo. No Brasil, as cidades de Vila Velha (ES), Maceió (AL), São Luís (MA), Belém (PA), Fortaleza (CE) e Salvador (BA) tiveram mais de 81 dias com recordes de temperaturas. Segundo o Índice de Mudança Climática (CSI, sigla em inglês) do Climate Central, o calor registrado nesses dias atingiu nível 3 ou superior, indicando que essa temperatura mais alta se tornou pelo menos três vezes mais provável por conta das mudanças climáticas causadas pelo aumento da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera terrestre.
Em todo o país, mais de 44 milhões de pessoas foram expostas ao calor incomum, em um período de 60 dias, chegando ao nível 5 ou superior do CSI. A análise coletou dados sobre temperatura e clima em 175 países e 684 cidades ao redor do planeta. Os pesquisadores concluíram que a exposição global atingiu o pico em 6 de abril de 2024, quando 2,7 bilhões de pessoas (uma em cada três pessoas em todo o mundo) experimentaram um calor incomum.
O relatório também aponta que 44% de todas as pessoas na África e uma em cada três pessoas na América do Sul experimentaram os níveis mais extremos de calor provocados pelas mudanças climáticas (pelo menos 60 dias no total no nível 5 do CSI) durante os últimos três meses. As cidades com maior exposição ao calor no mundo foram: Quito (Equador), Makassar (Indonésia), Cidade da Guatemala (Guatemala), Caracas (Venezuela), Kigali (Ruanda) e Monróvia (Libéria).
Países com maior duração e intensidade do CSI de março de 2024 a maio de 2024. Todos os valores CSI referem-se à temperatura média
São Paulo entre as 10
megacidades que mais enfrentaram as altas temperaturas
Outras cidades brasileiras
também aparecem no levantamento do estudo, porém com menos dias de calor
extremo. A cidade de São Paulo aparece no tópico das Megacidades, citadas como
locais de risco térmico devido à alta densidade populacional e aos padrões de
desenvolvimento territorial. Das 48 megacidades globais analisadas (com
populações superiores a 10 milhões), 40 experimentaram pelo menos um dia de
temperaturas extremas no nível 3 do CSI.
São Paulo entrou na lista das dez megacidades que registraram altas temperaturas durante pelo menos metade (entre 52% e 95%) de toda a temporada de março a maio, chegando a 38 dias de temperaturas nível 5 do CSI.
Megacidades globais com CSI 3 ou superior durante pelo menos metade de março a maio de 2024. (ecodebate)
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