sexta-feira, 23 de agosto de 2024

Calor mata mais de 175 mil por ano na região europeia

Calor mata mais de 175 mil pessoas por ano na região europeia, diz OMS.
As crianças expostas a ondas de calor são propensas a uma série de problemas de saúde, desde insolação a diarreia e baixo peso no nascimento.

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Clima e Meio Ambiente

Região observou aumento de 30% na mortalidade relacionada com altas temperaturas nos últimos 20 anos; os três anos mais quentes registados ocorreram desde 2020; stress térmico é a principal causa de morte, uma vez que agrava condições crônicas como doenças cardiovasculares, respiratórias e diabetes.

A região europeia é a que regista o aquecimento mais rápido das seis regiões cobertas pela Organização Mundial da Saúde, OMS, com as temperaturas subindo em um ritmo duas vezes maior que a taxa média global.

Em comunicado divulgado nesta quinta-feira, o diretor regional da OMS para a Europa, Henri Kluge, afirmou que os três anos mais quentes registados ocorreram desde 2020, e a década mais quente foi desde 2007.

Temperaturas insuportáveis

No final de julho, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, emitiu um apelo à ação contra o calor extremo em resposta aos impactos mortais do aumento das temperaturas em todo o mundo.

Em alguns locais, a crise climática está fazendo o calor chegar a níveis insuportáveis. As estimativas mostram que, a nível mundial, ocorreram em média 489 mil mortes relacionadas com altas temperaturas todos os anos entre 2000 e 2019.

A região europeia da OMS, composta por 53 Estados-membros, detém 36% dessas mortes, o que equivale a 175 mil vidas perdidas todos os anos.

O apelo do secretário-geral identifica quatro áreas de ação:  cuidado dos vulneráveis, proteção dos trabalhadores, aumento da resiliência das economias e das sociedades e limitação do aumento da temperatura global a 1,5°C.

Um menino bebe água durante uma onda de calor em Belgrado, Sérvia.

Stress térmico e impactos na saúde

Segundo Kluge, todas essas medidas são muito relevantes para a região europeia, onde, nos últimos 20 anos, houve um aumento de 30% na mortalidade relacionada com o calor.

O stress térmico é a principal causa de morte relacionada com o clima na região, pois os extremos de temperatura agravam as condições crônicas, incluindo doenças cardiovasculares, respiratórias e cerebrovasculares, saúde mental e condições relacionadas com a diabetes.

As temperaturas elevadas são um problema em particular para os idosos, especialmente aqueles que vivem sozinhos. Também pode representar um fardo adicional para as mulheres grávidas.

Planos de ação

Para aumentar a resiliência nesses países, a agência de saúde da ONU recomenda que sejam elaborados planos de ação no eixo calor-saúde, para melhorar a adaptação de comunidades.

Mais de 20 países da região europeia têm planos deste tipo em vigor.  Segundo a OMS, embora isto seja encorajador, não é suficiente para proteger todas as comunidades.

A OMS/Europa, através do Centro Europeu para o Ambiente e a Saúde em Bona, Alemanha, está desenvolvendo uma segunda edição atualizada das suas orientações para esses planos de ação.

Medidas simples para evitar fatalidades

O objetivo é proporcionar referências baseadas em evidências para que os governos nacionais e locais estabeleçam os seus próprios planos ou atualizem os existentes, para assim melhorar a gestão dos riscos térmicos.

Algumas medidas simples incluem evitar sair e realizar atividades extenuantes nos horários mais quentes do dia, passar de duas a três horas por dia em um local fresco, como um supermercado ou cinema, manter a casa fresca e o corpo hidratado.

Neste sentido, é importante evitar bebidas açucaradas, alcoólicas ou com cafeína devido ao seu efeito desidratante no corpo. (news.un.org)

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