quarta-feira, 21 de agosto de 2024

2024 avança para ser o ano mais quente da história

2024 avança para ser o ano mais quente da história, aponta Copernicus.

Apesar de julho ter quebrado a série de 12 meses de recordes de temperatura, a expectativa é pessimista; efeitos das mudanças climáticas vão continuar por muito tempo até que emissões de GEE alcancem balanço zero.

De acordo com o serviço de monitoramento de mudanças climáticas da União Europeia, Copernicus, 2024 está a caminho de ser o ano mais quente da história, superando 2023. Em junho de 2024, o planeta registou o mês mais quente de sempre, superando o recorde de 2023. De janeiro a julho de 2024, as temperaturas globais foram 0,70ºC acima da média para o período entre 1991-2020. Em julho de 2024, as temperaturas foram 1,48ºC acima da média estimada para este mês durante o período pré-industrial de 1850-1900. Os dias 22 e 23 de julho foram os dois dias mais quentes do ano, com uma temperatura média de 17,6ºC.
Alerta: ao menos 10 países registraram temperaturas diárias superiores a 50ºC em mais de um local (AFP Photo)

O observatório do clima da União Europeia (UE) alertou em 08/08/24, que é "cada vez mais provável" que 2024 se torne o ano mais quente registrado na história.

O programa de observação do clima Copernicus (C3S) também destacou que o julho passado foi o segundo mais quente dos registros, com média de 16,91ºC no mundo.

A média é superada apenas, e por 0,04ºC, pelo mês de julho de 2023. O resultado quebra uma série de 12 meses em que o mundo bateu o recorde de temperatura registrado para aquele período do ano. "A série de meses recorde acabou, mas por um fio", declarou Samantha Burgess, vice-diretora do C3S.

"O contexto geral não mudou, nosso clima continua aquecendo", afirmou.

"Os efeitos devastadores da mudança climática começaram muito antes de 2023 e continuarão até que as emissões globais de gases do efeito estufa (GEE) alcancem o balanço zero", acrescentou.

De janeiro a julho de 2024, as temperaturas globais ficaram 0,70ºC acima da média para o período de 1991-2020.

Esta anomalia precisaria cair significativamente no restante do ano para não superar a temperatura de 2023, "tornando cada vez mais provável que 2024 seja o ano mais quente nos registros", afirmou o C3S.

Muito calor

A temperatura em julho de 2024 ficou 1,48ºC acima da média estimada para este mês durante o período pré-industrial de 1850-1900. O planeta teve neste mês os dois dias mais quentes já registrados, com temperatura média de 17,6ºC nos dias 22 e 23 de julho, destacou o observatório europeu.

A região mediterrânea foi afetada por uma onda de calor que, segundo os cientistas, teria sido "virtualmente impossível" sem o aquecimento climático. China e Japão registraram o mês de julho mais quente da história.

Ao mesmo tempo, um nível recorde de chuvas provocou inundações no Paquistão, um grande incêndio devastou amplas áreas do norte da Califórnia e o furacão Beryl deixou um rastro de destruição do Caribe até o sudeste dos Estados Unidos.

As temperaturas nos oceanos, que absorvem 90% do excesso de calor provocado pelas atividades humanas, também se aproximaram do recorde registrado no ano passado. A média na superfície do mar foi de 20,88ºC no mês passado, apenas 0,01ºC abaixo de julho de 2023.

Os cientistas do Copernicus destacam que "as temperaturas do ar acima do oceano permaneceram inusualmente (incomumente) elevadas em muitas regiões", apesar do fim do fenômeno meteorológico 'El Niño', que contribui para o aumento do calor, e da chegada de 'La Niña', que esfria o planeta.

Em 07/08/24 a secretária-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), a argentina Celeste Saulo, citou um ano de "ondas de calor generalizadas, intensas e prolongadas". "Ao menos 10 países registraram temperaturas diárias superiores a 50ºC em mais de um local. É muito calor para suportar", disse. (exame)

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