DETER/INPE indica 109,6 km² de desmatamentos na Amazônia no mês de maio/2010.
Importante ferramenta de suporte à fiscalização na Amazônia, o sistema DETER – Detecção do Desmatamento em Tempo Real, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), indica que no último mês de maio 109,6 km² da floresta sofreram corte raso ou degradação progressiva.
Em maio, quando 45% da Amazônia Legal esteve coberta por nuvens que impediram a observação por satélite, foram verificados desmatamentos em quatro estados:
Mato Grosso = 51,9 km²
Pará = 37,2 km²
Rondônia = 10,7 km²
Amazonas = 9,8 km²
Total = 109,6 km²
No mapa abaixo os pontos amarelos mostram a localização dos alertas emitidos pelo DETER. Em rosa, as áreas não monitoradas em maio devido à cobertura de nuvens:
Em função da cobertura de nuvens variável de um mês para outro e, também, da resolução dos satélites, os dados do DETER não representam uma avaliação fiel do desmatamento mensal da floresta amazônica. Pelos mesmos motivos o INPE não recomenda a comparação entre dados de diferentes meses e anos.
A cada divulgação sobre este sistema de alerta o INPE apresenta também um relatório de avaliação amostral dos dados.
O sistema DETER
Em operação desde 2004, o DETER (Detecção do Desmatamento em Tempo Real) é um sistema de alerta para suporte à fiscalização e controle de desmatamento. Embora os dados sejam divulgados em relatórios mensais ou bimestrais, os resultados do DETER são enviados a cada quinzena ao IBAMA, responsável por fiscalizar as áreas de alerta.
O sistema indica tanto áreas de corte raso, quando os satélites detectam a completa retirada da floresta nativa, quanto áreas classificadas como degradação progressiva, que revelam o processo de desmatamento na região.
Como DETER utiliza dados do sensor MODIS do satélite Terra, com resolução espacial de 250 metros, é possível detectar apenas polígonos de desmatamento com área maior que 25 hectares. O INPE reitera que nem todos os desmatamentos maiores que 25 hectares são identificados pelo sistema, devido à cobertura de nuvens. Contudo, a menor resolução dos sensores usados pelo DETER é compensada pela capacidade de observação diária, que torna o sistema uma ferramenta ideal para informar rapidamente aos órgãos de fiscalização sobre novos desmatamentos. (EcoDebate)
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