Homem passa nas margens do rio Jacareí, que abastece o Sistema
Cantareira
O nível do Sistema
Cantareira, principal fonte de abastecimento da região metropolitana de São
Paulo, voltou a cair e atingiu 9,4% de sua capacidade de armazenamento em
08/05/14, segundo a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São
Paulo). É o 18º dia seguido de queda no índice.
Nos oito primeiros dias do
mês, o sistema acumulou apenas 0,2 milímetros de chuva, bem distante da média
histórica para Maio que é de 83,2 milímetros. Apesar da situação crítica, o
governador Geraldo Alckmin (PSDB) já descartou várias vezes o racionamento de água
na região.
No mesmo dia no ano passado
o nível do sistema era de 61,9%. Em um mês, o nível do Cantareira caiu três
pontos percentuais. Do começo do ano até agora, a queda foi de quase 18 pontos.
Multa
Para reduzir o consumo de água, o governo de São Paulo tem concedido
desconto aos consumidores que economizam água e pretende, já a partir deste
mês, a cobrar multa de quem desperdiçar.
Dicas de como economizar água
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Paulistas apostam em limpeza da casa a seco e bacia para lavar prato
Represas de São Paulo estão com o nível mais baixo dos
últimos 84 anos. A missão de economizar água tem feito pessoas buscarem
serviços novos no mercado, como limpeza a seco. Esses e outros hábitos têm se
modificado na rotina dos paulistas por causa da estiagem. Reportagem exibida no
SBT Brasil.
Calculadora: descubra o quanto de água você
gasta em cada banho
Segundo a Agência Brasil, o governo estadual ainda não definiu a data de
início da cobrança porque aguarda parecer da PGE (Procuradoria-Geral do
Estado). "É possível que já seja cobrada essa multa na conta de
maio, mas estamos aguardando a PGE", disse o governador Geraldo Alckmin em
05/05.
Procurada pela reportagem do UOL, a PGE informou, por meio de sua
assessoria de imprensa, que o órgão não tem previsão de quando deve emitir e
divulgar o parecer.
Volume morto
Para compensar o baixo nível do sistema,
daqui a nove dias a Sabesp pretende começar a retirar água do volume morto, que
fica no fundo das represas, abaixo do nível de captação das comportas.
A previsão da companhia é extrair 200 bilhões
de litros dos 400 bilhões de reserva. De acordo com a Sabesp, essa água será
"suficiente" para abastecer a região até setembro.
Especialistas dizem que o uso do volume morto
do Sistema Cantareira pode atrasar a recuperação dos reservatórios quando
voltar a chover, por causa de uma espécie de "efeito esponja".
Pesquisadores ouvidos pelo UOL alertam
que o tratamento inadequado do volume morto pode trazer riscos à saúde. Eles
chamam a atenção também para os danos ambientais que o uso dessa água pode
trazer para o meio ambiente. (uol)
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