Poluição do
ar mata mais que AIDS e Malária juntas, afirma órgão da ONU
Organização Mundial da
Saúde classifica a poluição atmosférica como um dos maiores perigos à
humanidade.
“A poluição do ar tem causado mais mortes do
que doenças graves, como o HIV e a malária juntas", afirmou o diretor
geral da Organização para o Desenvolvimento Industrial (Unido), Kandeh
Yumkella, em uma conferência da ONU ocorrida em Oslo, na Noruega, em abril de
2013. Em 2011, a Aids matou 1,7 milhão de pessoas, enquanto 660 mil morreram
com malária. A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que 6,8 milhões de pessoas morrem
anualmente devido a complicações relacionadas à poluição do ar.
As conclusões expressas acima forma obtidas em um estudo realizado pela própria
OMS, que avaliou a qualidade do ar de 1,1 mil cidades em 95 países, todas com
mais de 100 mil habitantes.
Os efeitos sobre a saúde são devastadores. Entre os
perigos presentes no ar poluído estão as partículas ultrafinas, conhecidas como PM 2,5.
Presentes na fuligem liberada pelos carros. Essas partículas invisíveis
podem penetrar nos pulmões e na corrente sanguínea, causando doenças cardíacas,
câncer de pulmão, asma e infecções respiratórias. Segundo a OMS, a média da
concentração anual dessas partículas no ar deve ser de até 20 microgramas por
metro cúbico (µg/m3), níveis considerados seguros.
Desde 2004, o número de pessoas que morrem de
doenças relacionadas à poluição vem crescendo. Representantes da ONU acreditam que, até 2030, se os países passarem a
investir em energias renováveis, como solar, hidrelétrica e eólica, há
possibilidade de o nível de poluição mundial cair pela metade.
China
O governo chinês investirá ¥ 100 bilhões (US$
16 bilhões) até 2017 para lidar com a poluição do ar em Pequim. Com a indústria
movida principalmente via carvão mineral, a capital chinesa é um dos lugares mais poluentes do mundo,
além de ser o lar de milhões de pessoas que estão expostas ao “carbono negro”.
O perigo mora dentro de casa
De acordo com a OMS, a poluição do ar em ambientes
internos causa 3,5 milhões de mortes prematuras anualmente, enquanto a poluição
ao ar livre ocasiona 3,3 milhões de óbitos. A poluição interna aqui tratada tem
grande relação com regiões extremamente pobres em que as pessoas utilizam
queima de madeira para obter calor e iluminação, o que desenvolve muitos
problemas respiratórios.
Mas mesmo em locais em que a energia é prestada por
serviço público e não há necessidade de aquecimento mecânico, os ambientes
internos também são poluídos. Para amenizar essa questão, purificadores podem ajudar.
Pegada de carbono
As soluções relacionadas ao combate à poluição
passam diretamente pela troca de matrizes energéticas poluentes por outras mais
ambientalmente corretas e a consequente diminuição da pegada de carbono de toda
a população mundial. A própria OMS afirma que não há saída possível que esteja
por fora de um desenvolvimento de energias renováveis.
Para saber mais sobre o efeito estufa e como lidar
com suas escolhas para evitar fazer com que ele se desequilibre ainda mais,
acesse nossa matéria especial sobre o tema. (ecycle)
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