Pesquisadores da
Universidade Federal do Amazonas desenvolvem telha sustentável
Ecotelha
é desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas.
Pesquisadores
da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) estão desenvolvendo o protótipo de
uma telha sustentável. Ela é feita, principalmente, com fibras naturais da
Amazônia, como a malva e a juta, e com uma argamassa que inclui areia, resíduos
de cerâmica e pouco cimento.
Essa
composição, segundo o subcoordenador da pesquisa, o doutor em engenharia João
de Almeida Melo Filho, dá mais resistência ao material e pode melhorar a
sensação térmica nas residências localizadas nas regiões mais quentes do país.
“Além de ter menos cimento em sua constituição, ela tem também areia, que se
torna um material mais barato, além das fibras naturais. A matriz que utiliza o
cimento é muito frágil e as fibras naturais é que vão dar a verdadeira
resistência a esse material. O conjunto que a gente chama de “material
compósito” vai produzir um material com maior resistência mecânica. E a gente
já verificou que tem maior desempenho térmico devido ao uso de resíduos
cerâmicos”, garantiu.
Para
o pesquisador, a telha sustentável terá boa aceitação pelos consumidores
porque, além de ser mais barata, será parecida com as disponíveis no mercado.
João de Almeida acredita que a utilização das fibras naturais para a produção
das ecotelhas também vai estimular o trabalho de produtores ribeirinhos. “A
gente acredita que o fato de o cultivo dessas fibras ser feito, principalmente,
por comunidades ribeirinhas, a utilização dessas fibras no desenvolvimento de
um material de construção e a possibilidade de que seja usado em grande escala
vai incentivar essas comunidades a produzir e aumentar sua renda”.
O
pesquisador informou que o protótipo da ecotelha deve ficar pronto em 12 meses.
Após esse processo, ele disse que será necessário um patrocínio para adquirir o
maquinário destinado à produção em larga escala. O projeto recebe o apoio da
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas. A entidade concede R$ 50
mil, por meio do programa Sinapse da Inovação, para o desenvolvimento de
tecnologias inovadoras. (ecodebate)
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